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Jantar de Rodrigo Garcia com prefeitos do PV, federado com PT, abre crise na cúpula dos ‘verdes’ em SP

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Um jantar do governador de São Paulo e pré-candidato à reeleição, Rodrigo Garcia (PSDB), com um grupo de prefeitos do PV abriu uma crise no cúpula do Diretório dos “verdes” no estado de São Paulo. O encontro ocorreu na noite desta terça-feira (24) no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

Presidente do Diretório estadual da legenda, Marcos Belizário, que está em viagem aos Estados Unidos, disse nesta quinta-feira (26) à GloboNews que o partido não permitirá que seus membros apoiem um candidato diferente de Fernando Haddad (PT).

A federação partidária consiste na união de dois ou mais partidos para atuarem como se fossem um só por pelo menos quatro anos. Nesta modalidade de aliança, as siglas funcionam como um único partido no Congresso, dividindo Fundo Partidário, tempo de televisão e unificando o conteúdo programático.

“O PV está fechado com Haddad. Somos ideológicos, não temos preço”, declarou Belizário, que não escondeu a irritação causada pelo movimento de Rodrigo Garcia para atrair prefeitos da legenda. “Ninguém vai sair em troca de emendas. Se alguém declarar apoio ao Rodrigo Garcia, será convidado a deixar o partido ou será expulso.”

De acordo com Belizário, 13 prefeitos do PV, de um total de mais de 30 que há no estado, participaram do jantar no Palácio dos Bandeirantes.

A assessoria de Rodrigo Garcia divulgou uma nota que sustenta que a sua candidatura ganhou musculatura “ao garantir o apoio de todos os prefeitos do Partido Verde em São Paulo“. Belizário nega que isso tenha acontecido.

“Estamos com Haddad. O Diretório Estadual e o Diretório Nacional respeitarão a federação.”

Belizário disse que, nesta terça, recebeu um telefonema do prefeito de Americana, Chico Sardelli, sobre o jantar.

“O Chico disse que foi por ser amigo do Rodrigo. Não nego o direito de eles quererem jantar com o governador”, disse Belizário.

Antipetismo

Belizário disse que entende, porém, o posicionamento de alguns prefeitos do PV, que, por serem, em eleições municipais, rivais históricos de petistas, queiram deixar a legenda em razão do registro da federação partidária.

“É claro que entendemos o contexto da disputa local e respeitamos isso. O antipetismo é muito forte em parte do interior paulista. O que não dá é para declarar apoio em troca de emendas.”

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Fonte G1 Brasília

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