O vereador por Cuiabá, Kássio Coelho (Patriotas), anunciou nesta terça-feira (16) que irá assumir a relatoria do processo que poderá cassar o mandato da vereadora Edna Sampaio (PT), por quebra de decoro parlamentar. Isso porque, a petista será investigada por uma suposta “rachadinha” praticada no Gabinete da petista.
A priori, a relatoria do processo estava nas mãos do presidente da Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá, Rodrigo Arruda e Sá (Cidadania). No entanto, o regimento interno da Casa impediu que ele continuasse na presidência da Comissão e assumisse a relatoria do processo.
Anteriormente, tanto Kássio como Wilson Kero-Kero (Podemos) rejeitaram a função. Apesar dos conflitos internos dentro da Comissão, o patriota garantiu que a escolha de seu nome assumir definitivamente a relatoria do processo foi consenso entre os três.
“Nos reunimos ontem, eu e o presidente Rodrigo, o vereador Kero Kero que faz parte da Comissão de Ética e naquela oportunidade o Rodrigo seria o relator após um consenso meu e do Kero Kero. No entanto, o regimento da Casa não permite que ele seja o relator e presidente da Comissão, eu faço parte dessa comissão desde o primeiro biênio 21/22 e um dos que permaneceu a convite dos colegas e fui escolhido para assumir essa relatoria em um consenso entre nós três”, disse.
Ao comentar sobre a dificuldade em nomear um relator, Kássio descartou se eximir da função e justificou que só não assumiu a relatoria antes, porque Rodrigo já havia se colocado à disposição.
“Não tentamos nos eximir, até porque não temos medo de desafios e nem de nada, mas tentamos chegar em um consenso, somos em três colegas e o Rodrigo já tinha colocado seu nome à disposição e não porque eu impor meu nome”, justificou.
O caso
A denúncia veio à tona no dia 3 de maio deste ano, em uma reportagem publicada pelo site RD News, que mostram comprovantes bancários, áudios e conversas de WhatsApp, que comprovam que o valor foi repassado gradualmente à vereadora, por sua chefe de gabinete.
Em conversas de WhatsApp divulgadas pela reportagem, o marido de Edna e ex-presidente do PT em Mato Grosso, Willian Sampaio, aparecia cobrando Laura a devolução da VI recebida por ela, de R$ 5 mil ao mês. A então servidora, de acordo com as conversas, sempre sinalizava positivamente e confirmava a transferência da verba recebida para a conta da vereadora, enviando o comprovante do depósito ao marido de Edna.
Alegou perseguição
Através de uma live em suas redes sociais, a vereadora se pronunciou sobre a denúncia. Segundo ela, desde o início de seu mandato, no ano de 2021, adotou a centralização de verbas indenizatórias’ em seu gabinete. Conforme Edna, as VIs da chefe de gabinete e da própria vereadora seriam, para custeio de despesas do trabalho legislativo.
“Essa é mais uma tentativa de represália à Vereadora que incomoda, por suas palavras, por sua coragem, e pelo seu posicionamento político, que não agrada aqueles que fazem de seus cargos públicos meio de perpetuação no poder e enriquecimento ilícito. Continuaremos a fazer política, sem medo, sem nos deixarmos intimidar por acusações levianas e mentirosas feitas por quem não merece a confiança do povo”, disse a vereadora em nota, assinada por membros de seu gabinete.
Fonte: Isso É Notícia