O ataque deste domingo partiu de bases do Hezbollah no Líbano. A ação é uma resposta à morte de Fuad Shukr, um dos chefes do grupo, que morreu durante um ataque israelense em Beirute, em julho.
Os foguetes Katyusha lançados pelo Hezbollah foram desenvolvidos inicialmente na antiga União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial. O nome significa “pequena Katy”.
De acordo com o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês), os foguetes são disparados a partir de lançadores e não são guiados.
Antes de Israel ter o sistema “Domo de Ferro”, que intercepta ameaças ainda no ar, foguetes Katyusha eram difíceis de serem abatidos. Isso porque o artefato voa baixo e percorre um trajeto curto.
Atualmente, o Hezbollah possui vários modelos do Katyusha, que têm alcance e tamanho diferentes. Alguns artefatos podem viajar até 40 km e carregar uma ogiva de 20 kg, com alto poder destrutivo.
Segundo o CSIS, um dos mais populares é o modelo que carrega 6 kg de munição e viaja até 20 km. O foguete também dispersa fragmentos quando explode, aumentando o poder de destruição.
Um relatório produzido em 2006 apontou que o Hezbollah tinha entre 7 mil e 8 mil foguetes Katyusha de 107 mm e 122 mm. O número aumentou muito nos últimos anos. No entanto, de acordo com especialistas, os dados recentes são poucos confiáveis.
O Irã é um dos principais fornecedores deste tipo de foguete ao Hezbollah. O CSIS afirmou que o país também entregou lançadores ao grupo extremista, inclusive montados em caminhões.
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Ameaças a Israel
Um ataque do Hezbollah já era esperado por Israel desde o fim de julho, quando Fuad Shukr, considerado o número dois do grupo extremista, foi morto no Líbano. No mesmo dia, Ismail Haniyeh, chefe do Hamas, foi assassinado no Irã.
Israel foi acusado de ter executado os dois ataques que resultaram nas mortes dos extremistas. Desde então, promessas de retaliação partiram do Irã e do Hezbollah.
No dia 16 de agosto, o Hezbollah divulgou imagens que mostram grandes lançadores de mísseis em túneis subterrâneos. O grupo também fez ameaças a Israel.
“A resistência do Líbano hoje possui armas, equipamentos, capacidade, membros, estrutura, habilidade, expertise e experiência, e também fé, determinação, coragem e força como nunca antes. As coordenadas de nossos alvos estão em nossas mãos e os mísseis estão posicionados, prontos e focados neles, em total sigilo”, disse.
O risco de uma escalada no conflito no Oriente Médio acontece em meio a negociações para um cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Autoridades se reuniram no Catar e no Egito nas últimas semanas para discutir um acordo. No entanto, os trabalhos ainda não foram concluídos.
Em resposta ao ataque do grupo extremista deste domingo, Israel bombardeou estruturas do Hezbollah no sul do Líbano. O governo também declarou situação de emergência.
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Fonte G1 Brasília