O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, embarcará neste domingo (18) para Mossoró (Rio Grande do Norte) para acompanhar as investigações sobre a fuga de dois detentos da penitenciária federal de segurança máxima do estado.
A fuga aconteceu na última quarta (14) e é a primeira registrada desde a fundação do sistema penitenciário federal, em 2006. As buscas por Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, ligados à facção Comando Vermelho, entraram no quarto dia neste sábado (17).
Mais de 300 agentes de segurança das forças estaduais e federais atuam nas buscas que se concentram em um perímetro de 15 quilômetros em torno do presídio.
Segundo o Ministério da Justiça, na viagem, Lewandowski será acompanhado do diretor-geral em exercício da Polícia Federal, Gustavo Souza. O secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia, também deverá acompanhar as agendas.
O ministro da Justiça deverá se reunir com chefes das equipes da operação.
LEIA TAMBÉM:
- Veja o que se sabe e o que falta esclarecer sobre a fuga de dois presos do presídio de segurança máxima em Mossoró
- Fugitivos de Mossoró invadiram casa, fizeram família refém, pediram para acessar redes e roubaram celulares
- Entenda que reformas estavam sendo feitas ao mesmo tempo em áreas do presídio
Buscas
Os dois presos fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró na última quarta (14). Eles foram foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, também conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”.
Eles são do Acre e estavam na penitenciária de Mossoró desde 27 de setembro de 2023. Os dois homens têm ligações com o Comando Vermelho, facção de Fernandinho Beira-Mar ? preso na mesma unidade ? e foram transferidos para o presídio federal de Mossoró após se envolverem em uma rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco.
Os nomes dos fugitivos passaram a constar na lista vermelha da Interpol na última sexta (16). A lista é utilizada para cooperação entre as polícias de diferentes países quando criminosos perigosos conseguem fugir das nações onde são procurados.
Segundo a investigação, os fugitivos de Mossoró invadiram uma casa na zona rural na noite de sexta-feira (16), fizeram uma família refém e roubaram dois celulares. A casa fica a cerca de 3 quilômetros da Penitenciária Federal de Mossoró, na comunidade de Riacho Grande.
Antes, na quarta, a polícia registrou a invasão de outra casa na zona rural de Mossoró, a cerca de 7 km da penitenciária. Objetos pessoais como camiseta e uma colcha de cama foram furtados.
A polícia foi acionada e fez buscas na área. A Polícia Federal recolheu material biológico. As amostras encontradas serão confrontadas com informações genéticas dos fugitivos.
Buraco usado para fuga
Uma imagem do presídio federal de segurança máxima de Mossoró mostra um buraco na parede da cela de um dos dois presos que fugiram da unidade na madrugada da quarta-feira (14).
Pistas
Na quarta-feira (14) – mesmo dia da fuga – uma casa foi invadida na zona rural de Mossoró, a cerca de 7 km da penitenciária. Objetos pessoais como camiseta e uma colcha de cama foram furtados.
A polícia foi acionada e fez buscas na área. Na quinta-feira objetos foram encontrados em uma área de mata. Um dos moradores da região confirmou aos investigadores que, entre os itens, estava uma colcha de cama furtada de sua casa.
A Polícia Federal recolheu material biológico desta casa. As amostras encontradas serão confrontadas com informações genéticas dos fugitivos.
Já na sexta-feira (16), com a ajuda de cães farejadores, uma camiseta de uniforme de presidiário foi encontrada na mata.
Fonte G1 Brasília