Ao apresentar uma lista de rádios que não teriam veiculado o número correto de inserções eleitorais do presidente Jair Bolsonaro (PL), a campanha bolsonarista citou até a rádio do deputado eleito Robison Faria, pai do ministro das Comunicações, Fábio Faria.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, considerou que a alegação da campanha, de irregularidade nas inserções, é sem fundamento e não tem “documentação crível”. Com isso, decidiu não abrir investigação sobre a denúncia e pediu para a Procuradoria-Geral Eleitoral averiguar se a campanha tentou tumultuar as eleições.
A campanha apresentou para o TSE uma lista com diversas rádios que teriam passado menos propaganda de Bolsonaro do que do rival, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Uma dessas rádios é a Agreste, do Rio Grande do Norte.
Na documentação da rádio, Robinson Faria aparece como sócio-administrador. Ele também apresenta um programa na emissora.
O blog entrou em contato com a assessoria de Robinson Faria, mas não obteve retorno até a última atualização deste post.
Procurado pelo blog, o ministro não havia dado resposta até a última atualização do post.
Quando a campanha fez a denúncia da alegada irregularidade nas inserções, na segunda-feira (24), foi o próprio ministro Fábio Faria que deu entrevista coletiva para a imprensa.
A campanha de Bolsonaro contratou uma empresa de auditoria para fazer a análise da programação das rádios. No período pesquisado, de 7 a 10 de outubro, a Agreste teria veiculado 5 inserções de Lula e 2 de Bolsonaro.
Rádios citadas pela campanha se pronunciaram depois dizendo que não houve irregularidades nas inserções.
Fonte G1 Brasília