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Lula cita caso Moraes, diz que país precisa voltar a ser civilizado e que democracia significa discordar sem agredir

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste domingo (23) que o país tem que voltar a ser civilizado e que, em uma democracia, as pessoas podem discordar, mas sem agredir nem ofender umas às outras.

Lula fez um discurso no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista. O presidente citou, como já havia feito na semana passada, as hostilidades sofridas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o filho no aeroporto de Roma, no último dia 14.

A Polícia Federal investiga se Moraes e o filho foram ofendidos e agredidos por um empresário de Santa Bárbara d’Oeste, Roberto Mantovani, e a esposa. O casal nega a agressão.

Em sua fala, Lula citou “o que aconteceu com o ministro Alexandre de Moraes”, em uma referência ao caso no aeroporto.

“Derrotamos o Bolsonaro, mas não derrotamos o bolsonarismo ainda. Os malucos estão na rua ofendendo pessoas, xingando pessoas. Nós diremos para eles que queremos fazer este país voltar a ser civilizado. As pessoas não têm que se gostar. Têm que se respeitar. Não têm que gostar do seu vizinho, apenas aprender a conviver respeitosamente”, afirmou o presidente.

“Quando você entrar no restaurante, se tem uma pessoa que não gosta de você, ótimo. Mas não é obrigado a te xingar, a te ofender”, completou o presidente.

Restrição a armas

Lula também comentou as medidas do governo, lançadas no fim da semana passada, para restringir o acesso da população civil a armas de fogo. As regras haviam sido flexibilizadas no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Agora proibi a venda de pistola 9 mm. Esse negócio de liberar armas é para faoverece o crime organizado a comprar armas”, afirmou o presidente.

“Este país vai voltar a ser o país do amor e da esperança, e não o país do ódio e da mentira”, completou Lula.

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‘A tal da picanha’

Lula fez um aceno aos sindicalistas presentes ao evento e declarou que uma das prioridades do seu mandato é aumentar o poder de compra e a qualidade de vida dos trabalhadores.

O presidente afirmou que o compromisso dele não é com banqueiros ou empresários, mas com o proletário.

Lula disse ainda que o brasileiro vai voltar a consumir “a tal da picanha”, lembrando uma de suas promessas de campanha.

“Nós vamos fazer povo voltar a comer a tal da picanha que tinha desaparecido”, afirmou.

“A gente quer ter o direito de tirar uma férias e viajar de avião para onde a gente quiser”, concluiu Lula.

Cirurgia

Mais cedo, a assessoria da Presidência informou que Lula deve passar por uma cirurgia no quadril neste segundo semestre. O presidente vem reclamando de dores na junção do fêmur com o quadril.

Fonte G1 Brasília

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