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Lula diz que acordo com UE precisa enviar sinal promissor de paz, comércio e crescimento sustentável

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Após encontro com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou nesta segunda-feira (17) participação na sessão de abertura do Fórum Empresarial União Europeia-América Latina, em Bruxelas, capital da Bélgica.

Lula chegou domingo (16) a Bruxelas, para participar da cúpula que reúne países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia (UE). O encontro entre os líderes dos blocos, que reúnem 60 países, vai até terça (18) ? e Lula deve voltar a Brasília na manhã de quarta (19).

Além do encontro com Ursula, o presidente terá também, entre segunda e terça (18), sete reuniões bilaterais.

Lula iniciou o discurso pouco depois das 4h30, dizendo que estava alegre por estar no recinto. “É enorme a satisfação por participar desse encontro empresarial. Acredito que são as empresas, universidades e sociedade civil que dão vida às relações entre o países. Estamos engajados na relançamento dessa histórica aliança”.

“A mudança do clima evidencia urgência. A crise na democracia semeia discórdia. A guerra no coração da Europa lança incertezas. A corrida armamentista dificulta o enfrentamento da mudança do clima. Frente a esses desafios, cabe aos governantes, às empresas e aos trabalhadores encontrarem o caminho”, discursou.

O presidente afirmou ser urgente negociações. “Os países da América Latina e do Caribe continuam a desempenhar papel estratético para o mundo. Precisamos de investimentos. Um acordo equilibrado abrirá novos horizontes”.

“O Brasil voltou ao cenário internacional para contribuir no enfrentamento do clima e contra a desigualdades. Precisamos enviar ao mundo um sinal que as duas regiões estão comprometidas com uma agenda promissora, uma agenda de paz, de comércio, de geração de empregos e de crescimento sustentável. O Brasil está fazendo sua parte, com estratégia a longo prazo”, afirmou Lula.

Encontro com Ursula von der Leyen

A reunião com Ursula von der Leyen começou por volta de 4h (horário no Brasil), no Edifício Le Berlaymont.

Após o encontro, Lula disse que está entusiasmado em participar da cúpula da Celac e da UE. “Nosso país ficou afastado e voltamos ao governo para recolar o Brasil no centro das discussões”.

O presidente afirmou que quer aprofundar temas ecológicos e econômicos. “O Brasil tem forte tendência em energia renovável. Temos um programa de transição energética que queremos compartilhar”.

Lula enfatizou que o Brasil está muito engajado no debate sobre o clima. “O Brasil vai cumprir com sua parte. É compromisso assumido, compromisso de fé. Queremos discutir com o mundo a preservação da floresta.

Ursula von der Leyen abriu o discurso desta segunda-feira. “Sua presença é histórica. Precisamos de amigos nesta época ainda incerta. É um impacto positivo para nossas duas regiões. Queremos discutir como conectar mais nossos povos e nossas empresas. Tudo isso é possível se concluirmos acordo com o Mercosul. Queremos ser parceiros e que possamos chegar a um acordo que beneficie a todos. A UE quer investir na América Latina e no Caribe, criar bons empregos. Queremos discutir como alcançar resultados”

Ainda nesta segunda, de acordo com prévia divulgada pelo Palácio do Planalto, Lula participa de um fórum empresarial com representantes dos dois continentes pela manhã e da sessão de abertura da cúpula à tarde.

Segundo o Itamaraty, o governo brasileiro avalia que a cúpula pode dar “impulso” às relações bilaterais entre os países.

O Brasil havia deixado a Celac durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). O retorno ao grupo ocorreu neste ano, após a posse de Lula.

A expectativa é que a cúpula discuta temas como:

  • mudança do clima e transição justa e sustentável;
  • transição digital inclusiva e justa;
  • segurança cidadã e combate ao crime transnacional;
  • comércio e desenvolvimento sustentável;
  • e recuperação global pós-pandemia da Covid-19.

Acordo Mercosul-UE

No comando do Mercosul, Lula foi convidado a participar da cúpula pelo primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, que preside o bloco europeu. Os dois têm discutido os detalhes finais de um acordo comercial entre os blocos.

Ao assumir o bloco sul-americano, no início do mês, o presidente chegou a sugerir que o Mercosul poderia “roubar a cena” da cúpula para negociar termos do acordo.

Parte já foi concluída em 2019. No entanto, neste ano, os europeus enviaram uma carta adicional ao Mercosul, que prevê sanções em questões ambientais ? mobilização liderada pela França.

O teor do documento foi classificado por Lula como “ameaça”, e o governo brasileiro anunciou que trabalhava em uma resposta.

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Segundo o blog da jornalista Julia Duailibi no g1, o Itamaraty finalizou nesta sexta (14) a contraproposta, que será encaminhada aos países do Mercosul.

Em razão da ausência de tempo hábil para as lideranças avaliarem o texto, o Ministério das Relações Exteriores julga que o tema não será abordado na cúpula, como havia previsto Lula.

Lideranças progressistas

Lula deve retornar ao Brasil após o término da cúpula, na terça (18). Além da reunião entre os blocos, a agenda na Bélgica contará com um encontro de líderes progressistas.

Segundo a secretária do Itamaraty para o continente europeu, Maria Luisa Escorel de Moraes, o convite partiu de Stefan Lofven, ex-primeiro-ministro da Suécia.

Ainda de acordo com a secretária, além de Lula, deverão participar do encontro chefes de Estado ou de governo dos seguintes países:

  • Argentina;
  • Chile;
  • Colômbia;
  • Portugal;
  • República Dominicana;
  • Alemanha;
  • Dinamarca;
  • e Espanha.

O presidente ainda participará de outros compromissos, entre os quais:

  • plenária sobre “reforma da arquitetura financeira internacional”;
  • fórum empresarial;
  • e reuniões bilaterais com representantes da Bélgica, Áustria e Suécia.

LEIA MAIS:

Agenda internacional

Desde que tomou posse, em janeiro deste ano, Lula tem dedicado boa parte da agenda à política externa, afirmando que busca colocar o Brasil em posição de protagonismo no cenário internacional.

Nessa estratégia, tem tido diversos encontros com políticos historicamente ligados a ele ou ao campo político de esquerda.

Nos últimos seis meses, entre outros compromissos, ele:

Fonte G1 Brasília

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