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Lula diz que não há ‘explicação’ para Selic a 13,75%

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (23) que não há explicação para que a taxa básica de juros da economia esteja em 13,75% ao ano no Brasil.

Na quarta-feira (22), o Conselho de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa Selic em 13,75%, ignorando as críticas que Lula e ministros fizeram nas últimas semanas.

“Eu digo todo o dia: não tem explicação para nenhum ser humano do planeta Terra a taxa de juro no Brasil estar a 13,75%. Não existe explicação”, disse Lula durante visita a um complexo da Marinha no Rio de Janeiro.

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Críticas a Campos Neto


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Lula voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, indicado para o cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele foi aprovado pelo Senado e tem mandato até 2024.

“Eu, como presidente da República, não posso ficar discutindo cada relatório do Copom, eu não posso. Eles paguem o preço pelo que eles estão fazendo. A história julgará cada um de nós”, afirmou.

O presidente acusou Campos Neto não cumprir a lei que concedeu autonomia ao Banco Central.

“Se esse cidadão quiser, ele nem precisa conversar comigo. Ele só tem que cumprir a lei que estabeleceu a autonomia do Banco Central. Ele precisa cuidar da política monetária, mas ele precisa cuidar também do emprego, precisa cuidar da inflação e precisa cuidar da renda do povo”, afirmou.

Selic a 13,75%

Lula aposta que a redução da Selic facilitará a contratação de crédito, incentivando investimentos e consumo, a fim de acelerar a economia.

A taxa Selic não sobe desde junho de 2022, no entanto se mantém no patamar mais alto em seis anos, desde novembro de 2016, quando estava em 14% ao ano. O Brasil continua no topo do ranking global de juros reais, segundo levantamento compilado pelo MoneYou e pela Infinity Asset Management.

O Banco Central, contudo, entende que é preciso ter medidas mais concretas de controle das contas públicas para reduzir a taxa.

Uma das principais mensagens do Copom, segundo especialistas, foi que o governo ainda precisa caminhar com o quadro fiscal do país.

No comunicado de quarta-feira, o comitê ressaltou, por exemplo, que a recente reoneração dos combustíveis reduziu a incerteza dos resultados fiscais de curto prazo, mas ainda apontou preocupação com “horizontes mais longos”.

O governo ainda não apresentou o texto do novo marco fiscal, a regra que substituirá o teto de gastos no controle das contas públicas. A expectativa é de que o novo arcabouço seja apresentado em abril.

Fonte G1 Brasília

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