Lula cumpre agenda na Europa e, na quarta-feira (21), discutiu o conflito no leste europeu com o Papa Francisco e com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni.
O presidente voltou a defender a ideia da criação de um grupo de pessoas para negociar uma saída para a guerra da Ucrânia e disse que o conflito precisa parar.
“O mundo tem 800 milhões de seres humanos que vão dormir toda noite sem ter o que comer, e não é justo gastar bilhões de dólares ou de euros com guerra. É desnecessário quando a gente poderia estar vivendo em um momento de paz”, disse.
Lula disse que o assessor da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, conversou com representantes do Papa Francisco sobre o andamento das conversas com a Rússia e Ucrânia.
Segundo o presidente, Amorim irá participar no sábado (24) de uma reunião na Dinamarca com representantes de vários países para discutir a situação da guerra. Lula afirmou que é necessário encontrar um denominador comum que convença Ucrânia e Rússia a pararem o conflito.
“O dado concreto é que milhares de pessoas estão morrendo. Você pode recuperar um prédio, mas não pode recuperar as pessoas. O importante é parar”, disse.
O petista defendeu que membros da Rússia e Ucrânia escolham interlocutores para que exista uma negociação entre os dois países.
Críticas ao Conselho de Segurança da ONU
Na Itália, Lula voltou a criticar o modelo do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e defendeu a criação de uma nova governança global. O presidente já havia feito um discurso semelhante na reunião do G7, em abril.
Desta vez, Lula aproveitou para fazer críticas aos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, como Rússia e Estados Unidos. O petista citou exemplos de invasões promovidas pelos dois países.
“É uma moda as pessoas que participam como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU invadir outros países sem pedir licença a ninguém. Os Estados Unidos invadiram o Iraque, a Inglaterra e a França invadiram a Líbia. Agora, o Putin invade a Ucrânia. Eles não poderiam estar fazendo isso.”
VÍDEOS: mais assistidos do g1
Fonte G1 Brasília