O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais e ex-chanceler Celso Amorim foi enviado pelo presidente Lula a Barbados, na América Central, para participar de uma reunião nesta terça-feira (17) que vai discutir as eleições na Venezuela.
O encontro, mediado pela Noruega, deve reunir integrantes do governo de Nicolás Maduro e também da oposição, segundo a presidência brasileira.
As próximas eleições na Venezuela estão previstas para o ano que vem. Em 2018, quando Maduro foi reeleito para um novo mandato, houve denúncias de fraudes ? parte da comunidade internacional não reconheceu o resultado.
Segundo o Palácio do Planalto, além de Celso Amorim, representantes de outros países também devem participar do encontro em Barbados, entre os quais: Estados Unidos, Colômbia e México.
Nesta segunda (16), Lula e Maduro conversaram por telefone. Segundo a presidência brasileira, os dois conversaram sobre:
- as eleições no país vizinho;
- fornecimento de energia elétrica;
- sanções dos EUA à Venezuela;
- pagamento da dívida venezuelana com o Brasil.
Lula e Maduro são alinhados politicamente, e o presidente venezuelano esteve em Brasília neste ano.
Na ocasião, porém, gerou polêmica uma declaração de Lula na qual o presidente brasileiro disse ao colega venezuelano que ele deveria reagir a ?narrativas? sobre a democracia no país.
Maduro é acusado, por exemplo, de perseguir adversários políticos.
Tom sobre a Venezuela
Diplomatas ouvidos pela GloboNews afirmam que a estratégia do governo é adotar um tom ?mais ameno? em relação à Venezuela até que as eleições ocorram no país no ano que vem.
Ainda segundo esses diplomatas, o objetivo é justamente mostrar ao país vizinho que o Brasil está disposto a contribuir com o processo democrático, caso a Venezuela aceite.
Além disso, afirmam, o tom dos discursos sobre o país só deve mudar se, eventualmente , novas eleições no país forem marcadas por acusações de fraude.
Fonte G1 Brasília