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Manifestantes ocupam Av. Paulista em protesto contra tarifaço imposto por Trump ao Brasil e pela taxação dos super-ricos

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Manifestantes ocuparam os dois sentidos da Avenida Paulista em frente ao Masp na noite desta quinta-feira (10). Eles protestaram contra o aumento das tarifas de importação determinado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a favor da taxação, pelo Congresso Nacional, dos super-ricos e pelo fim da escala 6×1.

O ato foi organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, além de partidos de esquerda. Por volta das 18h20, os dois sentidos da Avenida Paulista, em frente ao Masp, estavam tomados de manifestantes.

Os participantes, muitos usando verde e amarelo e a camisa da Seleção de futebol, gritavam “soberania brasileira” e “sem anistia”, quando citam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e criticavam também o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Trump.

Os cartazes tinham mensagens como “Congresso inimigo do povo”, “Brasil com ‘s’ de soberano” e pelo fim da escala 6×1.

Os deputados federais Guilherme Boulos (PSOL), Erika Hilton (PSOL) e Luciene Cavalcante (PSOL) e o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT) estavam no ato e discursaram.

Taxação dos super-ricos

Para compensar a perda de arrecadação com a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para rendimentos até R$ 5 mil mensais, o governo pretende taxar os super ricos, ou seja, aqueles com renda mensal superior a R$ 50 mil ? o equivalente a R$ 600 mil por ano.

A projeção do governo é de arrecadar R$ 25,22 bilhões em 2026 com essa mudança ? valor próximo aos cerca de R$ 26 bilhões que serão perdidos, na arrecadação, com a isenção até R$ 5 mil.

Ambas as medidas, se aprovadas, têm validade a partir de 2026. De acordo com interlocutores da área econômica, no cálculo do imposto adicional a ser cobrado dos super ricos, soma-se toda a renda recebida no ano, incluindo salário, aluguéis, dividendos e outros rendimentos.

Entretanto, alguns rendimentos são excluídos na hora de calcular o imposto devido, como:

  • ganhos com poupança,
  • títulos isentos,
  • herança,
  • aposentadoria
  • pensão de moléstia grave, venda de bens,
  • outros rendimentos mobiliários isentos
  • indenizações.

Veja as alíquotas a serem cobradas:

  • Renda anual entre R$ 600 mil e R$ 750 mil: alíquota de 2,5%; imposto mínimo a pagar de R$ 18.750
  • Renda anual entre R$ 750 mil e R$ 900 mil: alíquota de 5%; imposto mínimo a pagar de R$ 45 mil
  • Renda anual entre R$ 900 mil e R$ 1,05 milhão: alíquota de 7,5%; imposto mínimo a pagar de R$ 78,75 mil
  • Renda anual entre R$ 1,05 milhão e R$ 1,2 milhão: alíquota de 10%; imposto mínimo a pagar de R$ 120 mil

A cobrança será feita apenas pela diferença entre o que já foi pago e o valor devido, respeitando as alíquotas novas. Por exemplo, se um contribuinte com R$ 1,2 milhão anuais pagou 8% de IR, terá que pagar apenas mais 2% para atingir os 10%. Se já pagou acima de 10%, não tem de pagar nada a mais.

Fonte G1 Brasília

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