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O manifesto em favor da democracia e em defesa das urnas eletrônicas, criado pro ex-alunos da Universidade de São Paulo, conta com mais de 400 mil assinaturas. Dentre elas, dois presidenciáveis são signatários.
A carta é uma resposta da sociedade civil aos recorrentes ataques de Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eletrônico de votação. O estopim para a criação do documento foi a reunião em que o presidente atacou a urna para embaixadores estrangeiros, no dia 18.
Ao menos 12 ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), empresários banqueiros, artistas, ex-jogadores de futebol e integrantes da sociedade civil estão entre os signatários. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) se posicionou em apoio do manifesto.
Ex-estudantes da Faculdade de Direito se inspiraram em um manifesto feito em 1977, contra a ditadura militar, para se posicionar a favor da democracia. O texto será lido durante evento em 11 de agosto, na sede da universidade, no Largo São Francisco, centro da cidade de São Paulo.
O g1 reuniu as declarações dos presidenciáveis sobre o assunto. A última pesquisa Datafolha define a ordem dos candidatos.
Leia o que os presidenciáveis declararam a respeito do caso:
LULA (PT)
Ex-presidente disse que decidiu não assinar a carta para não dar teor eleitoral ao manifesto. O petista elogiou o ato dos ex-alunos da USP.
“Não sei se cabe a mim fazer carta, porque fica sob suspeição porque sou candidato. Fico feliz da existência de milhares e milhares de brasileiros dispostos a assinarem manifesto pela democracia. Acho extraordinário”, disse Lula, em entrevista ao UOL, no dia 17 de julho.
JAIR BOLSONARO (PL)
O atual presidente ironizou o manifesto, ao dizer que não precisa de “nenhuma cartinha” para se colocar em defesa da democracia.
“Defendemos a democracia. Não precisamos de nenhuma cartinha para falar que defendemos a democracia. Não precisamos, então, de apoio ou de sinalização de quem quer que seja para mostrar que o nosso caminho é a democracia, a liberdade, é o respeito à Constituição”, disse Bolsonaro, no dia 27 de julho, durante convenção nacional do PP.
CIRO GOMES (PDT)
O candidato se posicionou favoravelmente à iniciativa e assinou o manifesto.
“Estou ao lado de todas as iniciativas em defesa da Democracia. Precisamos reforçar as instituições e lutar contra a desigualdade”, disse Ciro, no dia 29 de julho, em nota à imprensa.
SIMONE TEBET (MDB)
A emedebista assinou o manifesto favorável à democracia e em defesa das urnas eletrônicas. Ela postou em sua página no Twitter um chamado para a população também assinar.
“Assinei com alegria e convicção o Manifesto pelo Estado de Direito Sempre! Fundamental que a sociedade civil declare seu apreço e crença permanente na democracia e no respeito à Constituição Federal. Convido a todos que se somem a esse movimento”, publicou Tebet, em seu perfil no Twitter, em 29 de julho.
ANDRÉ JANONES (Avante)
Janones é outro presidenciável a colocar seu nome entre os apoiadores do manifesto que, para ele, é um dos passos para que o Brasil “retorne aos trilhos da normalidade”.
“Sou um democrata sempre. Não podemos tolerar posturas autoritárias e que coloquem em xeque a jovem democracia brasileira. Em que pese a assinatura de algumas forças que contribuíram para a escalada protofascista no Brasil, é hora de todas as forças progressistas assinarem este manifesto para que o Brasil retorne aos trilhos da normalidade”, afirmou Janones, em nota enviada à imprensa, no dia 27 de julho.
Fonte G1 Brasília