REDES SOCIAIS

29°C

Mauro Cid chega à PF no DF para novo depoimento sobre joias; oito serão ouvidos ao mesmo tempo

Share on facebook
Share on twitter
Share on telegram
Share on whatsapp
Share on email

A Polícia Federal ouve nesta quinta-feira (31) depoimentos simultâneos de oito pessoas citadas no inquérito dos presentes oficiais recebidos pelo governo Jair Bolsonaro e negociados ilegalmente nos Estados Unidos.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Barbosa Cid chegou à sede da Polícia Federal em Brasília pouco antes das 9h30. Os oito depoimentos estão marcados para as 11h e não há duração prevista.

Vão prestar depoimento ao mesmo tempo, em Brasília e em São Paulo:

  • Jair Bolsonaro: ex-presidente
  • Michelle Bolsonaro: ex-primeira-dama
  • Mauro Barbosa Cid: ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
  • Mauro Lourena Cid: pai de Cid, general da reserva que foi colega de Bolsonaro na Aman
  • Frederick Wassef: advogado de Bolsonaro
  • Fabio Wajngarten: ex-chefe da comunicação do governo Bolsonaro
  • Marcelo Câmara: assessor especial de Bolsonaro
  • Osmar Crivelatti: assessor de Bolsonaro

Entre sexta (25) e segunda-feira (28), Mauro Barbosa Cid depôs à Polícia Federal por mais de 10 horas ? o que, inclusive, levantou rumores de uma possível delação premiada.

Segundo investigadores, “Cid filho” colaborou com a PF e respondeu às perguntas. As declarações do ex-ajudante de ordens devem basear parte dos questionamentos previstos para esta quinta aos outros investigados.

O caso das joias

No último dia 11, a Polícia Federal deflagrou a operação Lucas 12:2, sobre a suposta tentativa, capitaneada por aliados do então presidente Jair Bolsonaro, como o advogado Frederick Wassef, que já defendeu a família Bolsonaro, e o ex-ajudante de ordens Mauro Barbosa Cid, de vender ilegalmente presentes dados ao governo por delegações estrangeiras.

A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Na quinta-feira (17), Moraes determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

window.PLAYER_AB_ENV = “prod”

Leia também:

Cid foi preso em maio, mas no âmbito de uma investigação que apura um suposto esquema de fraudes de cartões de vacina contra a Covid-19. No entanto, de acordo com a PF, Cid também é investigado no caso que envolve as joias.

As joias em questão foram entregues como presentes ao governo brasileiro por outros países, como a Arábia Saudita. Segundo a PF, a venda desses presentes começou a ser negociada nos Estados Unidos em junho de 2022.

Naquele mês, Cid retirou do acervo de presentes um kit de joias ? composto por um relógio da marca Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico ? entregue a Bolsonaro em uma viagem oficial à Arábia Saudita em outubro de 2019.

No dia 8 de junho de 2022, Bolsonaro e Cid viajaram aos Estados Unidos para participar da Cúpula das Américas, em Los Angeles. Segundo a Polícia Federal, Mauro Cid levou, no voo oficial da FAB, o kit de joias.

Cinco dias depois, de acordo com a PF, Mauro Cid viajou para o estado norte-americano da Pensilvânia para vender o relógio Rolex de ouro branco e outro relógio da marca Patek Philippe.

A PF localizou, a partir da análise de dados armazenados na nuvem do celular do ex-ajudante de ordens, um comprovante de depósito da loja no valor de US$ 68 mil nessa mesma data. Esse valor corresponde a R$ 332 mil.

Fonte G1 Brasília

VÍDEOS EM DESTAQUE

ÚLTIMAS NOTÍCIAS