O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), comentou na manhã desta segunda-feira (15) sobre a denúncia apresentada pelo advogado Frederico Aurélio Bispo, diretor-executivo da Síntese Comercial Hospitalar, na última quinta-feira (11), que diz respeito à suposta identidade da “Mulher da SES”. À imprensa, o chefe do Executivo explicou que irá aguardar as investigações em torno do caso e garantiu que, caso comprovado, todos os envolvidos serão punidos ‘no rigor da lei’.
“Isso tem que ser conduzido pela polícia, se existe uma denúncia, ela deve ser entregue e investigada, caso seja verdade, essas pessoas devem dar explicações, se está na vida pública deve se explicar, agora, quem acusa também tem que provar, se ele tem prova, vou pedir hoje, inclusive, para a nossa procuradoria possa entender o que está acontecendo e fazer as devidas tramitações dentro da lei”, disse.
Na denúncia apresentada pelo empresário na Tribuna Livre da Câmara de Cuiabá, o nome da ex-secretária de Saúde, Kelluby de Oliveira, da secretária-adjunta de Gestão Hospitalar, Caroline Campos Dobes Conturbia Neves e da diretora de um Hospital em Várzea Grande, Cristiane de Oliveira Rodrigues, são citados como as possíveis responsáveis pelo esquema.
Na ocasião, o governador ainda afirmou que apensar de ter conhecimento sobre o caso, não pode tomar nenhuma ação ‘precipitada’, no entanto, garantiu que assim que comprovado, a pessoa irá responder “em qualquer canto e em qualquer secretaria do Governo”.
“Não é porque é alguém fala algo que eu já posso tomar uma decisão, não é porque um repórter falou isso ou aquilo, se existe uma investigação, que ela ocorra e se alguém fez alguma coisa errada no Governo, ela vai responder, em qualquer canto e em qualquer secretaria, e fico muito tranquilo em relação a isso”, reiterou.
O caso
No dia 23 de abril o Jornal A Gazeta divulgou uma troca de mensagens interceptadas pela Deccor entre empresários na ‘Operação Espelho’, onde foi apontado um suposto cartel utilizado para fraudar contratos da saúde do Estado, onde uma ‘Mulher da SES’ orientava o grupo para vencer as licitações.
A conversa ocorreu no 1º de maio de 2021, e, para a Polícia Civil, a mensagem seria ‘visível favorecimento aos empresários para que eles vençam as licitações’.
Apesar das interceptações de mensagens do grupo, a Deccor não divulgou quem seria e nem o número telefônico da mensagem atribuída à ‘Mulher da SES’.
“Uma conversa de WhatsApp não vai manchar a SES”
O deputado estadual em exercício e ex-secretário de Saúde de Mato Grosso (SES-MT), Gilberto Figueiredo (União Brasil), comentou sobre os grampos e afirmou que não será uma conversa de WhatsApp que irá manchar a imagem da Secretaria em Mato Grosso.
“Não é uma conversa no WhatsApp com alguém que torna a Secretaria maculada e eivada de coisas erradas, o ser humano está factível a isso, se tiver algum responsável, posso garantir que o Governo não vai poupar ninguém, quem tiver que ser punido vai ser”, declarou.
Fonte: Isso É Notícia