O governador Mauro Mendes (União Brasil) parece não tirar mais a palavra “lealdade” de seu vocabulário. Aparentemente, no entanto, só lembra de seu significado e importância quando lhe convém.
Prova disso é a [repentina] aliança formada entre ele e o senador e candidato à reeleição Wellington Fagundes (PL).
Basta voltar a 2018 para lembrar que os dois foram adversários na disputa ao Governo. Naquela ocasião, por diversas vezes, Mendes chegou a apontar, inclusive, falta de capacidade por parte de Wellington para estar a frente de um cargo Executivo.
À época, mesmo em coligações diferentes, Mendes recebeu apoio do hoje deputado federal e candidato ao Senado Neri Geller (PP). Desde a eleição de Mendes ao Paiaguás, Neri caminhou ao lado da gestão, ocupou a liderança da bancada federal de Mato Grosso e chegou a se indispor com colegas para fazer valer algumas das vontades do governador.
Repentinamente, Mendes parece ter esquecido do retrospecto dos últimos três anos e – em prol de colar sua imagem à do bolsonarismo no Estado – preferiu se juntar a Wellington Fagundes, que nunca lhe fez uma oposição sistemática, mas também nunca foi aliado.
Em certos momentos – desde que lhe for interessante – as conveniências falam mais alto ao governador do que a tão propagada lealdade.
