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Após a ida do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) à Assembleia Legislativa na última quarta-feira (6), a vereadora por Cuiabá, Michelly Alencar (UB) avaliou a atitude do gestor como uma ‘manobra’ para sair do foco da população e tentar ‘camuflar’ sua incompetência na administração da Pasta.
Na ocasião, Emanuel entregou ao presidente da Casa Parlamentar, deputado Eduardo Botelho (UB), um documento em que, supostamente, aponta irregularidades financeiras cometidas pelo Gabinete Estadual de Intervenção na Saúde de Cuiabá.
Todavia, Michelly avalia que Emanuel fez isso para esconder as irregularidades cometidas por ele mesmo na Secretaria Municipal de Saúde.
“Seria uma ‘cortina de fumaça’. Ele [Emanuel] está tentando sair do foco para que as pessoas não olhem a incompetência que está sendo a gestão dele. Emanuel não tem chances de se colocar novamente com uma gestão respeitada”, disparou.
“Agora, o ‘trabalho’ dele é desconstruir o que está sendo feito, porque a intervenção está provando que dava para fazer bem feito com o orçamento que existia. Dava para colocar medicamento nas unidades, reestabelecer a ordem, fazer reformas. Está muito feio para ele saber que o problema era a administração dele”, completou.
Em entrevista à Rádio Vila Real FM, Pinheiro disse que avalia não receber de volta a pasta da saúde cuiabana quando a intervenção acabar, devido aos supostos “estragos” feitos pelo governo na pasta da saúde da capital, que segundo a vereadora, deixa explícito o descompromisso do prefeito com a gestão e a população cuiabana.
“O Emanuel não tem limite na falta de responsabilidade. Hoje o Estado tem que fazer o trabalho dele [na Saúde]. Ele faz uma declaração dessa porque a pasta da Saúde dá trabalho, tem que ter uma boa administração, o que ele não tem”, asseverou.
“Vai ser muito difícil para ele ter que assumir que ele é incompetente. Aí ele vai e fala que pode não assumir novamente a gestão da saúde… Para ele não assumir, ele não pode ser mais prefeito, né!”, concluiu.
A Intervenção
A intervenção na saúde de Cuiabá foi foi aprovada em Março deste ano na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), após ser autorizada pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
O gabinete apontou um rombo de R$ 350 milhões na saúde e morte de 17.682 pessoas que aguardavam na fila de espera por cirurgias, no Sistema Único de Saúde (SUS).
A intervenção duraria apenas 90 dias. Porém o desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça, avaliou os resultados do processo como benéficos e disse que mais mudanças poderiam ser feitas. Por isso, em decisão monocrática, o magistrado optou por estender os trabalhos até o dia 31 de dezembro deste ano.
Onze desembargadores do Orgão Especial da corte estadual apoiaram a decisão de Perri. Apenas dois foram contrários.
Fonte: Isso É Notícia
