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Moraes autoriza transferência de militares envolvidos em trama golpista para prisão em Brasília

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda-feira (2/12) a transferência para Brasília do general de brigada Mário Fernandes e do tenente-coronel Rodrigo Bezerra, acusados de planejar um golpe de Estado.

Os acusados foram presos preventivamente em 19 de novembro, e estavam detidos no 1º Batalhão de Polícia do Exército, no Rio de Janeiro. Conforme decisão desta segunda, eles serão transferidos para o Comando Militar do Planalto, na capital federal.

Na decisão, Moraes também autorizou que os militares recebam visitas das respectivas esposas e dos filhos. Outras solicitações de visita devem ser autorizadas previamente pelo ministro, relator do caso.

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Fernandes e Bezerra foram detidos na operação contragolpe, da Polícia Federal, ao lado de outros militares e um policial acusados de tramar, em 2022, a prisão e o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e de Moraes, que presidia o Tribunal Superior Eleitoral à época.

De acordo com a PF, as investigações apontam que a organização criminosa usou de elevado conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas entre novembro e dezembro de 2022.

O objetivo seria impedir a posse do governo eleito democraticamente nas Eleições de 2022 e restringir o exercício do Poder Judiciário, conforme mostrou a apuração.

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Segundo as investigações, Mario Fernandes é um dos responsáveis por criar os arquivos onde foram armazenadas as informações do grupo, com os planejamentos do assassinato de Lula, Alckmin e Moraes, e de instituir de um gabinete de crise a ser montado após a execução do plano.

A PF destaca que ele participou dos acampamentos golpistas em dezembro, quando “ainda ocupava o cargo de Chefe Substituto da Secretaria Geral da Presidência da República, possuindo estreita proximidade com o então presidente Jair Bolsonaro”.

Rodrigo Bezerra Azevedo chegou a dizer em uma conversa que o grupo perdeu a finalidade. Segundo a PF, possivelmente pelo fato de não ter sido consumado o Golpe de Estado.

Os “kids pretos” são reconhecidos no Exército pelos conhecimentos técnico, militar e bélico. E isso fica claro com a descrição dos armamentos que eles pretendiam usar para sequestrar ou matar o ministro Alexandre de Moraes. Segundo a PF, eram armas de guerra:

Fonte G1 Brasília

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