O governador Mauro Mendes (União) falou durante a reunião para discutir medidas de prevenção à violência nas escolas, que medidas não devem ser tomadas por impulso. Convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o encontro reúne governadores, representantes de Poderes e prefeitos. Mendes salientou que não se deve fazer uma “corrida” por detector de metal para ser colocado nas escolas. Para o gestor, é necessário atacar o DNA da violência.
“Não dá para fazer uma corrida para comprar detector de metais e transformar o detector de metais no novo respirador da pandemia. O preço já explodiu. Levantar muros, colocar policiais, claro não tiro o mérito de cada prefeito e governador que possa fazer algo. Mas temos que agir no DNA da violência e fazer que possamos desestruturar as causas que estão gerando essas consequências”, disse em reunião nesta terça-feira.
Mauro elogiou ainda a iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em convocar a reunião. “O senhor age corretamente e republicanamente convocando o país, representado pelos governadores e prefeitos e todos poderes, para discutir esse momento importante e trágico no nosso país. O que aconteceu em Santa Catarina causa uma sensação de repúdio, perplexidade, indignação, mas no fundo de medo. Todos temos filhos, netos, sobrinhos em escolas. Mais de 250 mil escolas vivem momento de angústia, eles esperam que demos uma resposta à altura nesse momento”.
Mendes voltou a criticar a ascensão da violência, ressaltando a necessidade de combate. “Se olharmos o Brasil nos últimos 30 anos, se olharmos para violência, ela cresceu na maiotria dos indicadores. A violência nasce na desigualdade e alimenta no Judiciário que é lento e nas leis que não refletem a realidade e realimentam em um sistema penitenciário que em todo Brasil, chamado de ressocialização, mas que na prática transformou num sistema de requalificação no crime. 85% dos egressos do sistema voltam a praticar crimes”, disse.
O governador relembrou episódios trágicos que mostram cenário da violência, como a chacina em Sinop, onde sete pessoas foram mortas. Ele ainda ressaltou sobre o impacto dos jogos violentos para as crianças. “80% dos jogos promovem violência. E no Brasil, os jogos violentos na internet são centenas, os jogos mudam de alguma forma pensamento e prática de jovens”, complementa.
Fonte: Isso É Notícia