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Novo ministro diz que vai ‘privilegiar’ civis no preenchimento de cargos do GSI

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O novo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general da reserva Marcos Antonio Amaro dos Santos, afirmou nesta quinta-feira (4) que vai seguir uma orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e privilegiará civis no preenchimento de cargos da pasta que não precisam ser ocupados por militares.

Amaro deu a declaração em entrevista à TV Globo depois de tomar posse na função. O militar da substitui o general Marco Edson Gonçalves Dias, que pediu demissão em abril, após divulgação de vídeos dos atos golpistas de 8 de janeiro no Palácio do Planalto.

“O presidente reforçou o aspecto de que é interessante trazer mais civis para ocuparem cargos relevantes do GSI. Muitos dos cargos aqui, como somos vindos da Casa Militar, são cargos destinados, exclusivamente, a militares. Ou seja, não são cargos que permitem a ocupação por civis, são gratificações que existem somente para militares, então, não tem como trazer civis para esses cargos”, disse Amaro.

“Mas, certamente, cumprindo uma orientação do presidente da República, vamos buscar privilegiar o acesso de civis a cargos, onde seja possível”, acrescentou o ministro.

Aliados do presidente Lula defendem uma desmilitarização do GSI e a retirada de bolsonaristas da pasta. O governo Jair Bolsonaro (PL) foi marcado pela grande presença de militares em cargos políticos, movimento que é criticado por adversários do ex-presidente.

Prioridades

Sobre as prioridades para os primeiros meses à frente da pasta, Amaro disse que o esforço inicial será a recomposição do quadro de servidores do GSI diante do grande número de exonerações efetuadas durante o período em que Ricardo Cappelli atuou interinamente.

Na sequência, segundo Amaro, será feita uma reestruturação do GSI, para “acentuar o papel de segurança presidencial” da pasta. Para ele, o foco de atuação do órgão foi dispersado nos últimos anos.

“Isso determina o foco que temos que ter, especialmente neste momento, tendo em vista o problema ocorrido no 8 de janeiro, que foi exatamente nessa área, porque a gente começou um pouco a dispersar esforços e nós queremos concentrar novamente na segurança presidencial”, declarou o general.

8 de janeiro

O novo ministro do GSI evitou fazer críticas sobre a atuação da pasta no dia dos atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília.

Ele disse que as falhas de segurança não ocorreram exclusivamente no Palácio do Planalto, mas também no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal.

“O sistema todo, que deveria proporcionar proteção nessa área [dos Três Poderes], é que talvez não tenha funcionado bem, essa contenção inicial”, disse.

“As informações têm que ser, além de oportunas, têm que ter o timing e a assertividade adequados”, completou.

Indagado sobre a declaração do antecessor de que não teria recebido informações de inteligência sobre a possibilidade de ataques, Amaro repetiu que os dados precisam ser repassados no tempo certo e com assertividade, e que isso pode não ter ocorrido no dia 8 de janeiro.

“Eu não estava aqui, não posso responder pelo que aconteceu no dia 8 porque não tenho conhecimento aprofundado sobre como as coisas aconteceram”, ponderou.

Abin

Questionado se pretende propor a Lula o retorno da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) à alçada do GSI, Amaro disse que não tem essa intenção e que Lula quer o órgão subordinado à Casa Civil, chefiada pelo ministro Rui Costa.

“Eu não vou nem sugerir. A Abin nasceu dentro da Casa Militar, era uma subsecretaria de inteligência quando migrou para Abin na década de 90. Mas hoje está na Casa Civil e o presidente já sinalizou que vai ficar lá mesmo”, afirmou.

Segundo ele, independentemente de a Abin não estar dentro do GSI, o compartilhamento de informações relevantes “continuará ocorrendo”.

Fonte G1 Brasília

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