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Nunes Marques vota para manter decisão do STF que derrubou a chamada revisão da vida toda

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O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (23) para rejeitar dois recursos contra a decisão da Corte que derrubou o entendimento que permitiria ao segurado do INSS escolher a regra mais vantajosa para calcular o valor da aposentadoria ? a chamada revisão da vida toda.

Em março, a maioria da Corte entendeu que a aplicação do fator previdenciário é obrigatória. Com isso, não vai ser possível usar a revisão da vida toda, que foi reconhecida em 2022.

O Instituto de Estudos Previdenciários (Ieprev) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) recorreram do novo entendimento contra a tese fixada de que o segurado não pode optar pela regra mais favorável, tornando, a aplicação da regra de transição obrigatória para quem contribuía antes de 1999. Ou seja, não poderá haver exceções.

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Os recursos alegam que é possível conciliar a constitucionalidade da lei com a possibilidade de o segurado escolher outra regra, a “revisão da vida toda”.

No voto no plenário virtual, o relator Nunes Marques, votou pela rejeição dos recursos.

O ministro afirmou que ainda não tinham esgotado todas as chances de recursos no julgamento que permitiu a revisão da vida toda de 2022 e ainda que a nova decisão do plenário tomada neste ano apenas ?restabelecendo-se a compreensão manifestada desde o ano 2000? pelo próprio STF.

Segundo Nunes Marques, o novo entendimento “supera” a tese da revisão da vida toda.

O julgamento ocorre no plenário virtual da Corte. Os votos podem ser inseridos no sistema eletrônico do Supremo até o dia 30 de agosto.

A tese da revisão da vida toda, que acabou derrubada, permitia ao aposentado pedir um novo cálculo no valor do benefício, incluindo salários anteriores a julho de 1994, fazendo a opção por uma regra mais favorável.

Com isso, ele poderia ter um valor maior em relação à regra de transição estabelecida pela reforma da previdência no governo Fernando Henrique, em 1999. A reforma estabeleceu uma regra de transição, que mudou a forma de calcular o benefício – passando a considerar o fator previdenciário e estabelecendo as contribuições feitas a partir de julho de 1994

Fonte G1 Brasília

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