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Pacheco diz que descriminalização do porte de drogas não pode vir por decisão do Judiciário

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quarta-feira (6) que a descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal não pode acontecer por meio de uma decisão do Judiciário.

A declaração foi dada logo após o Supremo Tribunal Federal (STF) pausar o julgamento que discute se é crime uma pessoa portar maconha para uso próprio.

O placar do julgamento da Corte é de 5 votos a favor de descriminalizar o porte, e 3 votos para manter o porte do entorpecente como crime.

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“O que não podemos permitir é a descriminalização, inclusive por uma decisão judicial. Evidentemente que construções jurisprudenciais, a partir de casos concretos, que estabeleçam critérios de classificação de crime, se tráfico ou de uso, isso é absolutamente normal no âmbito do Judiciário. O que nós não concordamos é, obviamente, com a desconstituição, por uma decisão judicial, daquilo que o Congresso decidiu que deve ser crime”, disse Pacheco.

O uso de drogas em geral hoje é considerado crime, mas não gera prisão do usuário. Enquanto o traficante, pela lei, deve ser preso.

Atualmente, a Lei de Drogas pune com medidas alternativas ? advertência e prestação de serviços ? a compra e o porte de substâncias ilícitas.

A maioria dos ministros do tribunal votou para que o porte, especificamente de maconha para consumo pessoal, não seja mais enquadrado como crime, ou seja, que se torne apenas uma questão administrativa.

No entanto, o presidente do Senado argumenta que o STF não pode alterar uma lei formulada pelo parlamento.

Aguarda votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, proposta que inclui na Constituição ser crime a posse e o porte de entorpecentes “independentemente da quantidade”.

“A razão de ser da PEC é apenas para garantir que a Lei Antidrogas tal como concebida possa fazer prever crimes, sejam crimes graves de tráfico de drogas seja um crime de menor potencial ofensivo, como o é porte para uso, mas é crime e tem consequência jurídica e é bom que o seja até para preservação da juventude do Brasil”, declarou Pacheco.

Fonte G1 Brasília

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