A senadora Mara Gabrili (PSD- SP), que quando deputada permitiu que faltas de líderes partidários não fossem contabilizadas, diz que uso da brecha por Eduardo Bolsonaro é “oportunismo”.
Mara foi a primeira mulher a ocupar um cargo na Mesa Diretora da Câmara, responsável pela assiduidade dos deputados.
Em 2015, a pedido do então presidente da casa, Eduardo Cunha, ela apertou o cerco aos faltosos. Revogou o inciso 5º do Ato nº 66 de 2010 que permitia que qualquer deputado que justificasse sua ausência não seria punido.
Ela manteve apenas duas exceções: para líderes partidários e integrantes da mesa.
“Deixei apenas a possibilidade de faltas injustificadas para quem faz dupla jornada. Líderes e membros da mesa, além do trabalho parlamentar rotineiro, vivem em reuniões e nem sempre podem estar em plenário” .
O PL, agora, quer usar a brecha para beneficiar Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos EUA articulando sanções contra Brasil. Para Mara, a manobra é oportunismo.
“Que líder partidário é esse que está do outro lado planeta e não trabalhando na Casa? O espírito dessa medida é permitir que o líder possa trabalhar mais no Legislativo e não o contrário, como querem fazer agora”.
Eduardo chegou a se licenciar do mandato de deputado e buscou o governo Donald Trump para pedir sanções ao Brasil em pressão pela anistia do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e retaliação ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, responsável pela sua condenação ? Eduardo é investigado por esta atuação.
Fonte G1 Brasília