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‘Pedagogia da Papuda’ deve inibir novos atos golpistas, avaliam ministros do STF

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Passado um ano dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que a repetição de uma tentativa de golpe similar em Brasília é praticamente impossível por um motivo: a “pedagogia da Papuda”.

Depois que os invasores e vândalos foram presos, alguns já julgados e condenados, a avaliação até entre bolsonaristas é que seus apoiadores não têm mais coragem de repetir as mesmas cenas daquele domingo.

Segundo ministros do STF, o recado foi dado: quem atentar contra a democracia será preso e julgado no país.

O destino será a penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, para onde foram levados os detidos. Alguns ainda estão lá. E não terão o apoio das Forças Armadas, tão alardeado pela equipe do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Um aliado de Jair Bolsonaro (PL) reconhece hoje que os golpistas depredaram os prédios dos Três Poderes porque tinham a promessa do ex-presidente de que as Forças Armadas iriam protegê-los, que se mostrou falsa.

Ninguém vai querer vir a Brasília atentar contra a democracia sabendo que pode parar na prisão. Ainda mais agora, que quem está no comando das Forças Armadas e da Polícia Federal é o presidente Lula.

Investigações

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A decisão de manter a Operação Lesa Pátria como permanente teve esse objetivo pedagógico: mandar também a mensagem de que os envolvidos nos atos golpistas não serão poupados, como sempre acontecia em eventos semelhantes no Brasil.

Nesta segunda-feira (8), a nova operação da Polícia Federal busca reforçar esse recado a extremistas de qualquer lado. E a PF prepara novas operações para serem lançadas em breve, que vão revelar mais detalhes do planejamento e das ações de 8 de janeiro.

Segundo assessores da Justiça, a corporação tem o objetivo de investigar até o fim, encerrando as apurações apenas após a elucidação de tudo que for possível. Até agora, os invasores e financiadores já foram punidos e presos.

Falta, porém, os mentores intelectuais, que planejaram e organização a tentativa de golpe. As investigações estão avançadas em alguns casos, como na identificação do grupo profissional que estimulou o quebra-quebra em Brasília e das pessoas que planejaram prender e até enforcar o ministro do STF Alexandre de Moraes.

A PF investiga, inclusive, uma reunião que teria acontecido entre Bolsonaro e militares das Forças Especiais para discutir ações para evitar a posse de Lula ou, então, desestabilizar o novo governo. A direção da PF tem a convicção de que tudo foi muito bem-organizado e planejado no dia 8 de janeiro.

Fonte G1 Brasília

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