O grupo de trabalho criado pela Petrobras na segunda-feira (3), após a revelação de denúncias de assédio sexual, terá como missão – entre outras atribuições – incentivar mulheres que fizeram relatos de abusos formalizarem suas denúncias, além de promover um raio-x em casos já denunciados por funcionárias na ouvidoria nos quatro últimos anos.
O blog conversou com a nova diretora-executiva de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da Petrobras, Clarisse Coppeti. Ela contou que são 81 denúncias, entre assédio sexual e importunação sexual, feitas à ouvidoria no período de 2019-2022.
A prioridade é aprimorar a comunicação da estatal para que as novas denúncias sejam feitas quanto antes.
Em outra frente, o grupo de trabalho vai fazer um pente fino em casos dos últimos anos.
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O grupo de trabalho quer saber o fluxo, o encaminhamento dado a essas denúncias: se foram concluídas as apurações, se foram encaminhadas as autoridades competentes, por exemplo.
Formado por 10 pessoas, sendo oito mulheres e dois homens, o grupo poderá determinar, se achar necessário, que os casos sejam abertos para averiguação.
Segundo diretores da Petrobras ouvidos pelo blog, as denúncias envolvem diferentes áreas da estatal.
A Petrobras quer incentivar mulheres a fazerem novas denúncias para que investigações envolvendo assediadores seja célere e, os culpados após julgados, afastados e demitidos.
A missão de Clarisse Coppeti é dar encaminhamento a todos os casos concretos a autoridades competentes – como Ministério Público.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu uma notícia de fato para apurar as denúncias de assédio na Petrobras na esfera trabalhista. A procuradora responsável pela apuração já tem experiência em ações que envolvem empresas do setor de petróleo e gás.
Fonte G1 Brasília