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Polícia alemã investiga explosão em escritório do partido de esquerda tradicional

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A polícia da cidade de Oberhausen, no oeste da Alemanha, vasculhou nesta terça-feira (6) o local de uma explosão no escritório local do partido A Esquerda (Die Linke, em alemão), em busca de pistas sobre um suposto atentado.

Os membros da sigla acreditam que houve uma motivação política de extrema direita por trás da explosão. A polícia afirma que está examinando todas as pistas possíveis. “Não descartamos uma motivação política, mas também não podemos confirmá-la”, escreveu o órgão em um comunicado.

A explosão ocorreu na madrugada de terça-feira, estourando janelas e danificando, além do próprio escritório do partido, empresas próximas, incluindo um salão de cabeleireiro e uma agência de viagens. A explosão foi tão intensa que danificou painéis de vidro do outro lado da rua. Ninguém ficou ferido.

A polícia do estado da Renânia do Norte-Vestfália, onde está localizada Oberhausen, disse em um comunicado que investigações forenses estão em andamento, com a ajuda de especialistas em explosivos.

Além disso, a divisão de segurança do Departamento Federal de Investigações (BKA, na sigla em alemão) está envolvida na investigação, já que há suspeita de uma possível motivação política.

Segundo a agência de notícias alemã DPA, fontes próximas à investigação relataram que foram encontradas evidências de um artefato explosivo. Seria um “dispositivo incendiário e explosivo não convencional” construído, entre outras coisas, com “explosivos instantâneos”, como os contidos em fogos de artifício.

Por que o partido pode ter sido um alvo?

Em uma declaração no Facebook, Yusuf Karacelik, presidente do partido A Esquerda em Oberhausen, relata acreditar tratar-se de um “ataque direcionado da direita”.

“No passado, houve repetidos adesivos do espectro neonazista colados em nossas instalações, bem como cartas ameaçadoras isoladas”, disse ele.

Karacelik também confirmou à DPA que a polícia havia questionado sobre qualquer possível conexão com a participação do partido em uma manifestação em Berlim contra o rearmamento da Alemanha após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

A líder nacional do A Esquerda, Janine Wissler, também disse acreditar em uma motivação política de extrema direita.

Partido ligado à antiga Alemanha Oriental

A legenda é a força mais à esquerda no Parlamento alemão e ocupa 39 dos 736 assentos, depois de obter 4,9% dos votos nas eleições federais do ano passado.

A sigla foi fundada em 2007, quando membros descontentes do Partido Social-Democrata (SPD) e sindicatos firmaram um acordo com pós-comunistas da antiga Alemanha Oriental.

O fato de alguns membros da legenda terem feito parte do Partido Socialista Unitário (SED), que comandava a ditadura da Alemanha Oriental, afasta muitos eleitores alemães ? especialmente os mais velhos.

Embora o partido tenha condenado a invasão da Ucrânia pela Rússia, uma minoria dentro da sigla culpou a expansão da Otan na Europa Oriental pela guerra. Antes das eleições federais de 2021, o partido disse que queria substituir a Otan por um sistema de segurança coletiva envolvendo a Rússia. Também pediu o fim de todas as missões da Bundeswehr (as Forças Armadas Alemãs) no exterior e que a Alemanha interrompesse todas as exportações de armas.

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Fonte G1 Brasília

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