O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, começou a agendar uma série de conversas do comandante do Exército, general Tomás Paiva, entre líderes do Congresso Nacional. As reuniões começam nesta segunda (25).
A última semana foi marcada por revelações sobre o conteúdo da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).
Segundo Bela Megale, colunista d’O Globo, Cid relatou ter presenciado um debate entre Bolsonaro e os comandantes das três armas, após a derrota para Lula (PT) na eleição, para o eventual apoio das Forças a um golpe de Estado.
A revelação deu gás à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, que apura o roteiro que culminou com os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro. Esta semana, o general Augusto Heleno, ex-chefe do GSI sob Bolsonaro, será chamado a falar na CPMI.
A ideia de Múcio, segundo interlocutores, é exacerbar o compromisso das forças com a democracia e mostrar que o processo de descontágio da política dentro dos quartéis tem em Paiva um aliado.
Escolhido pela linha legalista, Paiva disse à âncora da GloboNews Andreia Sadi no fim de semana que o ninguém deve celebrar um Exército que cumpre a lei: “É a nossa obrigação”.
Fonte G1 Brasília