O presidente da Câmara Hugo Motta (Republicanos-PB) vê com bons olhos qualquer iniciativa para reduzir as penas dos réus de menor importância condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro, inclusive aprovação de um projeto de lei para diminuir de 1/6 a 1/3 a pena de alguns réus. A informação foi confirmada por uma fonte próxima ao parlamentar.
Como uma nova lei só pode retroagir para beneficiar o réu, ela só atingiria os executores de menor importância do 8 de janeiro. Já o ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-ministros e militares de alta patente, acusados de liderar a tentativa de golpe, não seriam atingidos pela mudança.
As articulações de Motta e do presidente do Senado Davi Alcolumbre (UNIÃO-AP) inclui Alexandre de Moraes e outros ministros. O blog apurou que Moraes não oferece resistência à ideia.
O blog já havia antecipado que a cúpula do Congresso e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão analisando uma alternativa à proposta de anistia que está na Câmara.
O projeto iria aprimorar a atual lei de golpe de Estado, que não permite diferenciar financiadores, organizadores e líderes dos demais réus com menor participação nos atos golpistas. Esse é o caso de Débora Rodrigues dos Santos, condenada a 14 anos por participar dos ataques antidemocráticos em Brasília e pichar a estátua da Justiça.
Para Motta, segundo a fonte, qualquer solução que busque a pacificação é bem vista. O presidente da Câmara já teria sinalizado a aliados sua opinião favorável à proposta alternativa ao projeto de anistia.
Fonte G1 Brasília
