O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), desembargador Carlos Alberto Alves, afirmou que Neri Geller (PP), segue como candidato ao Senado para o pleito deste ano, no entanto, precisa reverter a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para que seus votos sejam validados.
Alberto pontuou que não há problemas para que os eleitores votem no progressista, mas devem saber que se ele continuar indeferido, os votos serão anulados. Geller recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF).
“Ele continua sendo candidato, candidato sub judice, ainda discutindo na justiça. Mas ele continua sendo candidato, tanto é que os votos, quem quiser votar nele pode votar, sem problema nenhum, sabendo que se continuar indeferido, os votos serão nulos e se reverter, os votos serão válidos para ele”, explicou.
O desembargador ainda acrescentou que se Neri for o mais votado, e reverter sua situação, será eleito senador por Mato Grosso.
“Se porventura vier a reverter a situação na segunda-feira ou daqui uns dias, esses votos dele começam a ser válidos para ele. Deixam de ser nulos e passam a ser válidos. Se ele for o mais votado ele será eleito o senador”, finalizou.
Cassação
Neri teve o registro de candidatura indeferido nesta quinta-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O candidato perdeu o mandato de deputado federal por abuso de poder econômico nas eleições de 2018 e consequentemente, ficou inelegível por 8 anos.
Porém, em Mato Grosso, o TRE-MT já havia decidido, por maioria, pelo deferimento do registro de candidatura de Neri, embora tenha sido mantida a cassação do mandato.
Logo depois, o Ministério Público Eleitoral recorreu da decisão colegiada, pedindo para que o TSE impedisse o progressista de disputar as eleições. Pedido que foi acatado.
Fonte: Isso É Notícia