Os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disseram ao presidente Jair Bolsonaro que projetos que podem reduzir tributos sobre combustíveis, energia elétrica e telecomunicações devem ser aprovados no Congresso Nacional.
A avaliação é que esses projetos podem levar à queda no preço do óleo diesel, da gasolina e do gás de cozinha ainda no mês de junho.
A avaliação passada ao presidente é que o clima dentro do Senado e na Câmara dos Deputados é favorável às propostas e os governadores terão de ceder e propor algumas alternativas para reduzir em parte a perda de receita com a queda na alíquota do ICMS sobre combustíveis.
O governo federal fez ontem a seguinte proposta: o Legislativo aprova o projeto que limita em 17% e 18% a alíquota de ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e telecomunicações, o que pode gerar uma perda aos Estados superior a R$ 80 bilhões, mas a União não faria nenhuma compensação por essa queda na arrecadação.
Depois, o Congresso aprovaria uma Proposta de Emenda Constitucional autorizando o governo a bancar com recursos federais zerar o ICMS sobre diesel e gás de cozinha, o que deve custar à União R$ 25 bilhões até o final deste ano. Neste caso, o governo cobriria a perda de receita dos Estados e municípios neste ano, quando a medida ficaria em vigor.
Entre os governadores, a avaliação é que as duas propostas serão aprovadas, e que eles terão de negociar para reduzir as perdas com o limite da alíquota de ICMS a 17% ou 18% para produtos que passariam a ser considerados essenciais, como combustíveis. Na Câmara, o projeto foi aprovado com a previsão de que a União cobriria parte desta perda com abatimento no pagamento das dívidas estaduais.
Só que, depois, o presidente Bolsonaro disse não concordar com essa compensação e prometeu vetá-la, se for aprovada no Congresso Nacional. Ontem, o presidente disse que aceita bancar as perdas dos Estados apenas no caso do diesel e gás de cozinha, que teriam suas alíquotas de ICMS zeradas até o final do ano.
Os governadores vão se reunir nesta terça-feira (07) à noite ou quarta-feira (08) pela manhã com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para discutir alternativas aos dois projetos.
Fonte G1 Brasília