O secretário-executivo interino do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Ricardo Cappelli, terá a missão de concluir o pente-fino no órgão, após a demissão do ex-ministro General Gonçalves Dias.
Auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmam que ainda há militares no GSI que não são da confiança do governo. Parte deles já estava no órgão no governo de Jair Bolsonaro, quando o gabinete era chefiado pelo General Augusto Heleno.
Cappelli é um nome de confiança do ministro da Justiça, Flávio Dino, e atuou como interventor na segurança pública do Distrito Federal após a tentativa de golpe de 8 de janeiro. Ele exercia o cargo de secretário-executivo do Ministério da Justiça.
Após o ato golpista de 8 de janeiro, o Palácio do Planalto iniciou um processo de substituição gradativa dos militares do GSI. Até aquele momento, poucas trocas haviam sido feitas. O secretário-executivo do órgão, o número dois da pasta, era Carlos José Russo Penteado, que já estava no posto na gestão de Augusto Heleno.
Ministros palacianos afirmam, de forma reservada, que uma das maiores falhas do General Gonçalves Dias foi não ter substituído os militares de postos-chave do GSI logo nos primeiros dias do governo, o que contribuiu para a invasão ao Palácio do Planalto.
De janeiro para cá, muitos nomes foram trocados, mas, segundo fontes do governo, ainda restam militares que precisam ser substituídos.
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Também durante a gestão interina de Cappelli, o governo vai decidir o destino do GSI. O órgão deverá passar por uma reformulação. Há propostas como a extinção do gabinete ou a subordinação à Casa Civil, sem a figura de um ministro.
Desde o início do governo o GSI já perdeu algumas atribuições, como a Abin, que passou a ficar subordinada à Casa Civil, e também a segurança direta do presidente, que foi transferida para a Polícia Federal.
Fonte G1 Brasília