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Mais uma vítima de assédio sexual pelo presidente da Caixa, Pedro Guimarães, falou ao blog. Em condição de anonimato, contou que ele pedia para ir na sala dele, como se fosse mostrar alguma coisa, e abraçava e pegava na cintura. Em seguida, começava a perguntar sobre a carreira da servidora. Inclusive, ela conta que as mulheres mudaram a maneira como se vestiam para evitar que o corpo aparecesse para Guimarães.
“É onde ele começa essas perguntas. Qual o nosso interesse em relação à carreira e onde que a gente pretende chegar. Ele sempre vinha na abordagem de trabalho para ver se colava. Ao ponto de você ficar sem saber com sair daquela situação. Porque você precisava fazer o seu trabalho e precisava der um jogo de cintura para não desagradá-lo. Porque, uma vez que ele não gostasse da sua resposta, vinham cortes, perda de função e, em alguns casos, ameaças.
Sobre a mudança na vestimenta:
“Inclusive, nós [servidoras da Caixa] mudamos a nossa forma de se vestir, evitando que o nosso corpo aparecesse, evitando que nossa beleza se sobressaísse para que tivéssemos menos em evidência nesses momentos em que tivéssemos que participar com ele.”
Guimarães é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF), com base em denúncias feitas por funcionárias do banco. Ele é um dos nomes mais próximos do presidente Jair Bolsonaro, a quem costuma acompanhar em viagens e em “lives” na internet. Ele está na presidência da Caixa desde o início do governo.
À TV Globo, funcionárias da Caixa que preferem não se identificar, relataram o comportamento de Guimarães.
A TV Globo tentou contato com Pedro Guimarães, mas ainda não obteve resposta.
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Ao site “Metrópoles”, a Caixa disse que ?não tem conhecimento das denúncias apresentadas, que adota medidas de eliminação de condutas relacionadas a qualquer tipo de assédio e que possui canal de denúncias por meio do qual são apuradas quaisquer supostas irregularidades atribuídas à conduta de qualquer empregado, independente da função hierárquica, que garante o anonimato, o sigilo e o correto processamento das denúncias?.
Denúncias começaram em 2019
Segundo relato de três ex-integrantes de conselhos da Caixa ao Blog da Ana Flor, o comando do banco sabia dos casos de assédio envolvendo Pedro Guimarães e acobertou as denúncias, inclusive com promoções.
Os primeiros casos chegaram aos canais de denúncia do banco ainda em 2019, quando Pedro Guimarães assumiu a presidência.
Segundo os relatos ouvidos pelo blog nesta quarta-feira (29), mulheres vítimas do assédio de Guimarães que aceitavam não levar adiante as denúncias foram transferidas, receberam cargos em outras instituições públicas ou ficavam temporadas no exterior, em cursos.
Já quem ajudava Guimarães a acobertar os casos chegou a receber promoção.
Fonte G1 Brasília