REDES SOCIAIS

35°C

Superior Tribunal de Justiça nega recurso para trancar ação penal sobre incêndio no CT do Flamengo

Share on facebook
Share on twitter
Share on telegram
Share on whatsapp
Share on email

A sexta turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, nesta terça-feira (7), um pedido para trancar a ação penal sobre o incêndio no Ninho do Urubu, que matou 10 garotos da base do Flamengo, em 2019.

O pedido de habeas corpus que solicitava o encerramento do processo foi impetrado pelos advogados de Antonio Marcio Mongelli Garotti, ex-diretor do Flamengo. A defesa argumentava falhas na investigação e que a denúncia do Ministério Público apresentava ?contradições internas?.

Venceu o voto da ministra Laurita Vaz, que entendeu que não houve vícios processuais e que a ação criminal deve prosseguir.

?Como se vê, além de não se identificar as lacunas apontadas, a suposta infidelidade da denúncia com os elementos que instruem a ação penal, é questão que repercute ao método da ação penal?, disse a ministra.

Relembre o caso

A tragédia aconteceu em fevereiro de 2019. O fogo atingiu o alojamento onde dormiam os atletas da base do clube. No momento em que as chamas começaram, os garotos dormiam.

  • Athila Paixão, de 14 anos
  • Arthur Vinícius de Barros Silva Freitas, 14 anos
  • Bernardo Pisetta, 14 anos
  • Christian Esmério, 15 anos
  • Gedson Santos, 14 anos
  • Jorge Eduardo Santos, 15 anos
  • Pablo Henrique da Silva Matos, 14 anos
  • Rykelmo de Souza Vianna, 16 anos
  • Samuel Thomas Rosa, 15 anos
  • Vitor Isaías, 15 anos

A denúncia

O Ministério Público do Rio denunciou à Justiça, em 2021, 11 pessoas por incêndio culposo qualificado com resultado de morte e lesão grave no caso do incêndio do Ninho do Urubu, na Zona Oeste do Rio.

Os denunciados são dirigentes do Flamengo e representantes de empresas que prestaram serviço para o clube na época do incêndio.

Ao fim do processo, os denunciados poderão sofrer penas de detenção, de 1 ano e 4 meses a 4 anos.

  • A denúncia oferecida junto à 36ª Vara Criminal da Capital diz que houve:
  • Desobediência a sanções administrativas impostas pelo Poder Público por descumprimento de normas técnicas regulamentares
  • Ocultação das reais condições das construções existentes no local ante a fiscalização do Corpo de Bombeiros
  • Contratação e instalação de contêiner em discordância com regras técnicas de engenharia e arquitetura para servirem de dormitório de adolescentes
  • Inobservância do dever de manutenção adequada das estruturas elétricas que forneciam energia ao contêiner
  • Inexistência de plano de socorro e evacuação em caso de incêndio
  • Falta de atenção em atender manifestações feitas pelo MPRJ e o MPT a fim de preservar a integridade física dos adolescentes.

Na esfera cível, a família de Christian Esmério é a única a ainda não ter fechado um acordo de indenização com o Flamengo.

Em fevereiro, oépoca do anivesário da tragédia, o Flamengo afirmou ter carinho pela família do rapaz e diz estar aberto ao diálogo. Apesar do caso ter sido levado à Justiça, existia a expectativa de um entendimento, segundo o clube.

Fonte G1 Brasília

VÍDEOS EM DESTAQUE

ÚLTIMAS NOTÍCIAS