O juiz federal, Fábio Henrique Fiorenza, do Tribunal Regional Eleitoral negou a ação ingressada pela candidata ao Governo, Márcia Pinheiro (PV), em que solicitava a quebra de sigilo fiscal das suas contas bancárias e da sua família. De acordo com o magistrado, o Poder Judiciário não poderia ser usado de forma ‘político-eleitoreira” e julgou extinguiu a solicitação.
Na última terça-feira (20), Márcia concedeu uma coletiva de imprensa ao lado do seu marido, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) e dos filhos, o deputado federal Emanuelzinho (MDB) e Elvis Pinheiro e anunciou a ação em que pediu a quebra de sigilo fiscal da sua família. Na ocasião, a candidata desafiou seu adversário, o atual govenador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União) a fazer o mesmo.
“Não se pode permitir que o Poder Judiciário, e principalmente a Justiça Eleitoral, sejam utilizados para fins eminentemente políticos, não jurídicos, quando a questão se limita aos embates eleitorais em curso, tendo em vista o pleito estadual para o cargo de Governador. Se os Requerentes assim desejarem, podem obter os seus dados fiscais e bancários e mostrá-los no horário eleitoral gratuito de sua campanha, por exemplo, mas não podem envolver esta Justiça Especializada neste tipo de expediente político-eleitoreiro”, destacou Fiorenza.
Além do sigilo bancário, a petição foi protocolada pedindo também a quebra do sigilo das empresas que possuem, sob o argumento de mostrar a evolução financeira e patrimonial da família Pinheiro.
Embate com Mendes
Na manhã desta quinta-feira (22), Márcia comentou a decisão da Justiça em entrevista à TV Vila Real. Segundo a primeira-dama, apesar de respeitar e acatar, não concorda com o deferimento da ação.
“Decisão da Justiça a gente acata e respeita, mas eu não concordo. O período eleitoral já vai passar e eu vou ser eleita governadora, isso não muda em nada nossa posição, nós vamos continuar à disposição da Justiça. Ele vai ter que abrir essas contas, se ele não tem nada a temer, ele que mostre a verdade, ele nem sequer nos respondeu”, disse.
Além disso, a candidata ao governo disse acreditar que a divergência criada por Mendes entre os grupos, faz parte de uma “estratégia” do governador para distrair a população sobre o seu enriquecimento com o dinheiro do Governo do Estado.
“Nós colocamos o nosso sigilo bancário e fiscal à disposição do Ministério Público Eleitoral para que eles pudessem analisar nosso crescimento patrimonial, só isso, e nós desafiamos o governador a fazer o mesmo. Só assim iriamos conseguir mostrar quem são os verdadeiros corruptos de Mato Grosso. Ele sempre quis colocar uma cortina fumaça, acusando o Emanuel de várias coisas para ele ir enriquecendo às custas do governo de Mato Grosso”, reiterou.
Fonte: Isso É Notícia