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VAR do debate da Band: aumentam as chances de um segundo turno

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Depois da análise inicial, feita logo após o término do debate da Band, chegou a hora do VAR, o tira-teima:

  1. O que mais ouvi hoje: “o debate aponta para uma eleição em dois turnos”. Ou seja, há aposta no crescimento de outros candidatos que não Bolsonaro e Lula;
  2. Especialistas em campanha apontam o desempenho de Simone Tebet como referência futura para treinamento de candidatos. Serena, firme, articulada e natural. Prestava atenção no que diziam e não em ficha, procurando a decoreba;
  3. Enquanto Lula optou pela estratégia do não combate com Bolsonaro, Tebet chamou o presidente de antidemocrático na primeira pergunta, de misógino na segunda, de corrupto na terceira e de fabricante de fake news na última;
  4. Afinal, teve ou não um cheiro de dobradinha entre Lula e Simone? Na pergunta em que o petista levanta a bola para Tebet, elogiando a atuação da CPI da Covid, Simone lembrou o mensalão. Pegou muito leve, perto do que falou de Bolsonaro. Ficou, sim, um cheiro de dobradinha. Se não é namoro, é algo na linha “estamos apenas nos conhecendo”;
  5. Ciro fez o meme que Bolsonaro não conseguiu produzir: ao relembrar a viagem de do candidato do PDT a Paris no segundo turno, evitando o apoio a Haddad, Ciro rebateu que Lula não poderia ter feito o mesmo porque estava preso;
  6. O debate foi a prova na aposta do PT de que o governo Bolsonaro melhorou muito os governos petistas. Pela simples comparação. Lula apostou nisso e deixou Bolsonaro se atrapalhar nas próprias pernas, como aconteceu com o ataque às mulheres;
  7. Aliás, a explosão de Bolsonaro lembrou um debate de 2000 para prefeitura de São Paulo, em que Fernando Collor tinha que fazer uma pergunta para o candidato Enéas Carneiro. Collor mandou: “fale qualquer coisa, Enéas”. O barbudinho ficou exaltado, disse que Collor não tinha conteúdo para formular uma interrogação. Na hora da tréplica, Collor mandou: “Continue falando”. Parece ter sido a mesma estratégia de Lula ao fazer cara de paisagem às perguntas de corrupção de Bolsonaro. O “continue falando” funcionou;
  8. Como James Carville, marqueteiro de Bill Clinton, célebre por cunhar a frase ?é a economia, estúpido!”, definiria o debate de ontem? “É a mulher, estúpido!”.
  9. Bolsonaro tem fixação com a CPI da Covid. Não passa uma entrevista, um debate, sem falar nela. Vinha citando nominalmente Omar Aziz (presidente da CPI), Renan Calheiros (relator) e Randolfe Rodrigues (autor da proposta de CPI) como o trio do mal. Ontem, passou a omitir o nome de Randolfe. Mas citou Omar e Renan. A pergunta que o desestabilizou foi sobre… vacina.
  10. De ponto de vista do algoritmo, o grande vencedor foi… André Janones. Virou assunto mais falado nas redes sociais, mesmo sem ser candidato. Repito, é o vencedor na categoria algoritmo.

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Fonte G1 Brasília

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