O deputado Wilson Santos (PSD) confirmou que vai reapresentar o projeto de Lei que prevê a instalação de câmeras nas fardas dos profissionais de Segurança Pública de Mato Grosso. Na primeira sessão, na quarta-feira (8), o projeto será levado novamente à Assembleia Legislativa.
O parlamentar comentou sobre a morte de Diego Kalinisk, de 25 anos, após resistir a uma abordagem policial em Vera (a 460 km de Cuiabá). Segundo Santos, a câmera na farda do policial é primordial, captando áudio e imagem e ajudando na resolução do processo.
Wilson citou como exemplo uma matéria do Estadão de São Paulo que confirmou que com câmera na farda, “o policial mata 61% menos que dois anos”. “A instalação da câmera inibe atuação irregular. Ele vai atuar dentro do protocolo, nos procedimentos que aprendeu na academia”, disse em entrevista ao Jornal do Meio Dia.
As imagens e áudios, segundo o deputado, serão provas para condenar ou absolver um militar. O inquérito é que vai dizer quem está certo ou errado. “Eu apresentei o projeto em 2021, mas na Assembleia tinha a bancada da bala, que conseguiu arquivar o projeto. Mas, esse vai ser o primeiro projeto que vou reapresentar na quarta-feira”, disse.
Wilson cita que o equipamento é usando em estados como São Paulo e Santa Catarina. “O policial pode se beneficiar das imagens, a imagem é uma prova de que ele agiu dentro do procedimento. Só o mau policial tem o que temer. O que age dentro do protocolo, não tem o que temer”.
Caso
Diego Kaliniski foi morto após resistir à prisão por causa de denúncia de som alto. Vídeos, que circulam nas redes sociais, mostram o rapaz reagindo ao ser preso, partindo para cima do policial militar e sendo baleado. A Polícia Militar de Mato Grosso informou, por meio de nota, que o 3° Comando Regional já abriu inquérito para a apurar a morte do rapaz.
Fonte: Isso É Notícia