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Quem é Messina Denaro, o último chefe da máfia italiano preso enquanto fazia terapia

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A crueldade com as vítimas era uma das principais características do chefe da máfia italiana Messina Denaro, preso nesta segunda-feira (16) pela polícia italiana após 30 anos foragido.

Denaro é apontado pela Promotoria da Itália como um dos principais chefes do Cosa Nostra, a maior organização criminosa do país europeu e uma das maiores do mundo.

Segundo a investigação, Denaro, de 60 anos, costumava torturar prisioneiros da máfia e se vangloriava de “encher um cemitério inteiro”. Em um dos casos, ele mandou matar com ácido o filho de um membro da Cosa Nostra que se arrependeu e deixou o grupo.

Ele substituiu Salvator Riina, também conhecido como Totò Riina, que foi preso há exatos 30 anos e morreu na prisão, em 2017. Na ocasião, a polícia também passou a procurar por Denaro, que entrou na clandestinidade.

O mafioso conseguiu se esconder por tanto tempo graças a uma forte rede de apoio da Cosa Nostra que inclui contratos de confidencialidade com outros mafiosos e seus parentes em uma espécie de “código de silêncio”.

Foi essa rede, segundo a Promotoria italiana, que garantia diferentes esconderijos a Denaro, além de lhe fornecer comida, roupas limpas e comunicação.

Messina Denaro tinha uma base de poder na cidade portuária de Trapani, no oeste da Sicília.

Atentados

Denaro é acusado de uma ser responsável direta ou indiretamente por uma série de assassinatos ao longo da década de 1990. Ele enfrenta uma sentença de prisão perpétua por seu papel em ataques a bomba em Florença, Roma e Milão, que mataram dez pessoas.

O mafioso também é apontado pela Promotoria italiana como o autor de dois atentados a bomba na Sicília, em 1992. Nos atos, os principais promotores que investigavam a máfia à época, Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, foram mortos.

Ele foi preso nesta manhã em uma clínica particular em Palermo, na capital da Sicília. De acordo com a divisão de operações especiais que deflagram a operação, ele estava no local para fazer terapia.

Fonte G1 Brasília

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