A Unasul é um organismo internacional criado em 2008, quando os países da região eram governadores majoritariamente por presidentes de esquerda, entre os quais Lula (Brasil), Cristina Kirchner (Argentina), Hugo Chávez (Venezuela) e Michelle Bachelet (Chile).
Quando a Unasul foi criada, Lula destacou que o organismo buscaria maior integração entre os países sul-americanos e a superação de divergências locais. Em abril de 2019, o Brasil deixou de integrar o bloco após a criação de um novo fórum composto por países da sul-americanos, o Prosul (veja mais abaixo).
Na época em que o país deixou a União das Nações Sul-Americanas, o então presidente da República Jair Bolsonaro disse que o grupo vivia uma “prolongada crise”.
Retorno da Argentina
A Argentina, que também deixou a Unasul, voltará a integrar o grupo. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (6) pelo ministro das Relações Exteriores do país, Santiago Cafiero.
“Por decisão soberana, a Argentina volta à Unasul como Estado-Membro para promover sua revitalização institucional e construir uma região cada vez mais integrada. Isto é o que determinou o presidente Alberto Fernández, e eu comuniquei isso aos chanceleres dos Estados-Membros”, publicou Cafiero em uma rede social.
Lula e Alberto Fernández são aliados políticos e têm defendido maior integração entre os países da América do Sul, além do fortalecimento do bloco do Mercosul, que também conta com Paraguai e Uruguai.
Prosul
A criação do Prosul aconteceu em março de 2019 em uma cerimônia no Chile, da qual participaram diversas autoridades, entre elas, JairJair Bolsonaro (Brasil), Mauricio Macri (Argentina), Iván Duque Márquez (Colômbia) e Sebastián Piñera (Chile).
O argumento para a criação do Prosul foi o de que o fórum serviria como um espaço voltado a discutir o desenvolvimento e a integração regional.
Na prática, o Prosul também serviu para os países isolarem a Venezuela, governada por Nicolás Maduro, uma vez que Bolsonaro, Macri e Iván Duque, por exemplo, apoiavam o autodeclarado presidente da Venezuela, Juan Guaidó.
Fonte G1 Brasília