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Barroso conversa com Lula e diz que resposta a Trump ficará para a política e a diplomacia

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, conversou com o presidente Luís Inácio Lula da Silva e com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, sobre a crise provocada pela taxa de 50% anunciada por Donald Trump ao Brasil.

As conversas ocorreram entre quarta-feira (9) e quinta-feira (10) e ficou combinado que o STF não se manifestaria, e que as respostas ficarão para a política e para a diplomacia.

Na quarta, o presidente dos Estados Unidos afirmou, por meio de uma carta enviada a Lula e divulgada em suas redes sociais, que começará a cobrar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos EUA.

Trump alegou que um dos motivos para a taxação é o tratamento ?muito injusto? recebido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, sugerindo que ele estaria sendo perseguido pela Justiça brasileira.

Lula respondeu, também pelas redes sociais, que o Brasil é uma nação soberana e não aceitará ser ?tutelado por ninguém?. Os dois presidentes ainda não conversaram, e a expectativa é que a nova tarifa entre em vigor em 1º de agosto.

Antes da carta, o presidente norte-americano publicou nos últimos dias diversas mensagens em suas redes sociais defendendo Bolsonaro e atacando a Justiça brasileira.

Nas postagens, Trump declarou que o ex-presidente deveria ser ?deixado em paz? e sugeriu que ele está sendo perseguido. O republicano chegou a utilizar a expressão ?caça às bruxas? para se referir ao julgamento de Bolsonaro, que é réu no STF por tentativa de golpe de Estado.

Lula respondeu afirmando que o processo judicial contra os envolvidos na tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023 é de competência exclusiva da Justiça brasileira, e ?não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais?.

?O Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém?, disse Lula, em manifestação oficial após a publicação da carta de Trump nas redes sociais.

Em entrevista ao Jornal Nacional desta quinta-feira (10), Lula também disse o Brasil quer negociar, mas cobrou respeito às decisões brasileiras e admitiu responder com tarifas iguais se não houver acordo.

?É importante a gente deixar claro para opinião pública que não é uma taxação ao Brasil. Ele vem taxando todos os países do mundo desde que tomou posse. É um direito dele, mas é um direito dos países reagir?, disse Lula.

Fonte G1 Brasília

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