Crítico dos governos petistas, o presidente Jair Bolsonaro fez a quarta troca no comando da Petrobras para repetir o mesmo modelo adotado pela ex-presidente Dilma Rousseff: segurar os preços da gasolina, diesel e gás de cozinha para evitar desgastes políticos e econômicos.
No caso atual, Bolsonaro quer evitar novos aumentos de preços para evitar desgastes que possam colocar em risco a reeleição dele.
Segundo assessores presidenciais, o futuro novo presidente da estatal, Caio Paes de Andrade, vai assumir com a missão de fazer mudanças na sistemática de reajuste de preços dos combustíveis.
A ideia é aumentar o tempo entre um e outro aumento dos combustíveis, além de fazer com que a estatal absorva parte dos custos, reduzindo sua lucratividade.
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Durante o governo Dilma, para segurar a alta da inflação, a Petrobras represou o aumento dos combustíveis, causando prejuízo para o caixa da empresa e elevando o seu endividamento.
Na época, acionistas calcularam em R$ 100 bilhões o rombo no caixa da empresa pelo represamento dos aumentos de gasolina e diesel.
Agora, a volta da operação gera o risco de desabastecimento.
O Brasil importa cerca de 30% do diesel consumido no país. Se o preço lá fora ficar mais alto do que aqui dentro, os importadores não vão trazer um produto mais caro para vender mais barato no país.
Daí que a ideia que está sendo defendida é que a Petrobras absorva esse prejuízo: traga um diesel mais caro para vender mais barato no país.
Assessores presidenciais defendem essa operação com o argumento de que a empresa, com a disparada no preço do barril de petróleo no mercado internacional, está tendo lucros recordes nos últimos meses. E que, por isso, teria condições, como tem defendido o presidente Bolsonaro, reduzir sua lucratividade para dar uma cota de sacrifício.
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Fonte G1 Brasília