O presidente da Assembleia Legislativa Eduardo Botelho (União), criticou a atuação da Polícia Federal (PF) durante o período eleitoral. Segundo o parlamentar, algumas investigações realizadas nesse processo, são feitas com o único intuito de prejudicar a eleição.
A declaração foi dada à imprensa na manhã desta quarta-feira (22) ao ser questionado sobre a polêmica envolvendo a prisão do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, resultado da operação “Acesso Pago” da PF que cita crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.
“O que está acontecendo lá é diferente do que está acontece aqui, eles não eram parlamentares, não estavam destinando emendas, eles estavam apenas influenciando nos encaminhamentos de recursos, não tem nada a ver com MT. […] Mas eu inclusive defendo que quando começar o período eleitoral, não haja operações assim, porque existem muitas investigações que são feitas apenas com o intuito de prejudicar a eleição”, disse.
De acordo com Botelho, esses tipos de ação causam “certo impacto” na disputa eleitoral. “Essas operações no período eleitoral causam certo impacto, a não ser que seja algo em flagrante… Um exemplo, em Goiás faltando uma semana para as eleições eles fazem uma busca na casa de um candidato a senador, aquilo claramente é concedido para influenciar a eleição, eles não poderiam esperar uma semana pra fazer isso?”, explicou.
Operação “Acesso Pago”
Segundo a PF, a operação tem o objetivo de investigar a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao Ministério da Educação (MEC). As informações são da CNN.
Além do mandado preventivo destinado ao ex-ministro, outros 13 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão foram expedidos. As determinações foram distribuídas pelos estados de Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal.
Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão nos endereços do ex-ministro e dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos. A justiça determinou, ainda, medidas cautelares que proíbem o contrato entre investigados e envolvidos.
De acordo com a Polícia Federal, a investigação teve início após autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), em razão do foro privilegiado de um dos investigados. A operação corre sob sigilo. “O crime de tráfico de influência tem pena prevista de 2 a 5 anos de reclusão. São investigados também fatos tipificados como crime de corrupção passiva (2 a 12 anos de reclusão), prevaricação (3 meses a 1 ano de detenção) e advocacia administrativa (1 a 3 meses)”, explicou a PF em nota.
Fonte: Isso É Notícia