O ex-governador e deputado estadual eleito, Júlio Campos (União Brasil), afirmou nesta terça-feira (25), que o Brasil vive uma onda de radicalismo político em todas as esferas, e que acabam respingando dentro dos lares brasileiros.
Ao longo de seus 50 anos na vida política, Júlio pontuou que esses embates extremos não ocorriam anteriormente.
“Mudou o Brasil e a política brasileira. Nunca houve tanto radicalismo na política como está havendo hoje na política nacional, estadual, municipal e a nível familiar. Terminou, tá tendo briga de marido e mulher, irmãos com irmãos […] whats da família tá bombando, estranho, isso não havia no Brasil”, disse ele ao comentar o cenário atual da política.
No âmbito nacional, Júlio argumentou que o Brasil já teve duelos históricos entre candidatos da direita e da esquerda, mas que nunca chegaram ao ponto de despertar a “política do ódio” na população.
“No passado já tivemos embates muito grandes, sucessões presidenciais disputadas, [entre] Lula e Collor, Lula e [José] Serra, Lula e Alckmin, Dilma e Aécio. No passado, Juscelino contra Juarez, enfim, aquela política do passado e do presente recente, mas agora chegou em um nível em que entre Bolsonaro e Lula, [há] um extremo total, de ter violência até físicas”, argumentou ele.
O político ainda citou o caso do ex-deputado federal Roberto Jefferson, que resistiu ao mandado de prisão da Polícia Federal, e atirou contra os agentes, que foram até sua residência por infringir os termos da condicional de sua prisão domiciliar.
“Nunca houve essa cena, onde uma decisão judicial é respondida com um tiroteio, como ocorreu esse final de semana lá no Rio de Janeiro com a prisão do Roberto Jefferson. Então, para mim é estranho, que faço política há 50 anos […] tinha radicalismo? Tinha. Tinha disputa eleitoral? Tinha, mas era uma disputa sadia, que acabou a eleição, acabou [o conflito] não tinha essa situação explosiva de hoje”, acrescentou.
A fala foi realizada durante participação ao Podcast Sem Moage, do portal
Fonte: Isso É Notícia