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Integrantes da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) reconheceram que o episódio envolvendo a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson causou “forte prejuízo” nesta reta final de campanha.
Para líderes de partidos do Centrão, o episódio tem poder para afastar os eleitores indecisos e de centro, que Bolsonaro precisa conquistar nos últimos dias de segundo turno, numa eleição considerada extremamente acirrada.
A percepção interna é que Bolsonaro não perde o eleitor que já está com ele, mas deixa de conquistas novos eleitores, considerados o foco principal da campanhas neste segundo turno, inclusive, com figurino mais contido e moderado de Bolsonaro em suas falas.
Não havia preocupação inicial com potencial de estrago em relação aos ataques machistas de Roberto Jefferson à ministra Cármen Lúcia, mas a reação de Roberto Jefferson contra os policiais federais, com tiros e bombas, foi considerado um episódio “desastroso” e que deixou “desnorteada” a própria campanha de Bolsonaro.
Num primeiro momento, Bolsonaro fez uma condenação da atitude de Jefferson, mas criticou investigações consideradas por ele inconstitucionais. No entanto, ao longo do domingo, a avaliação foi que só isso não seria suficiente para desvinculá-lo de Roberto Jefferson.
Tanto é que, depois, Bolsonaro publicou um vídeo mais duro e crítico a Jefferson.
Roberto Jefferson chegou a oferecer a Bolsonaro que se filiasse ao PTB e, depois de sua candidatura presidencial ter sido indeferida, colocou o candidato Padre Kelmon para operar como “linha auxiliar” de Bolsonaro, atacando o PT e o ex-presidente Lula no horário eleitoral e nos debates.
Líderes do Centrão também destacaram que a determinação do presidente Jair Bolsonaro para que o ministro da Justiça, Anderson Torres, acompanhasse o caso foi um erro porque mostrou o temor do governo com o episódio, levando o caso para dentro do Palácio do Planalto.
A estratégia da campanha é tentar “virar a página” rapidamente.
Fonte G1 Brasília