O Conselho Municipal do Direito da Mulher de Várzea Grande (CMDM-VG), ligado à Secretaria Municipal de Assistência Social, encerrou o mês de abril envolvido em dois eventos significativos que destacam seu compromisso com a causa feminina.
No dia 30 de abril, terça-feira, o CMDM-VG realizou um ato público no Terminal André Maggi, intitulado “Basta de Feminicídio”, em repúdio aos crimes de feminicídio.
Alexandrina Rodrigues Esquível, presidente do CMDM-VG, e demais conselheiras com apoio da Guarda Municipal enfatizaram a importância da conscientização sobre a gravidade do feminicídio, orientando a população sobre como identificar e denunciar casos de violência contra a mulher. A ação foi marcada por cartazes e distribuição de panfletos, visando sensibilizar a comunidade e promover a denúncia de situações de violência.
Além do engajamento direto em manifestações como o ato contra o feminicídio, o CMDM-VG desempenha um papel crucial na articulação de serviços para o acompanhamento e proteção das vítimas. Alexandrina destaca: “Se a vítima precisa de um acompanhamento psicológico, ela é encaminhada para a Lírios ou para a Casa de Sarita. Se o autor necessita de intervenção, existe um grupo reflexivo Ser Mais Consciente, em parceria com a Univag e o Poder Judiciário. Para casos de urgência, contamos com a Patrulha Maria da Penha da Guarda Municipal e da PM, além do acolhimento na Casa de Amparo. Também temos o programa Ser Família Mulher, que auxilia em questões como aluguel, além é claro da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso de Várzea Grande, que queremos que tenha um atendimento 24 horas. Hoje temos uma Rede significativa em Várzea Grande”, pontuou.
Participação nas Políticas Públicas e Debate na Assembleia Legislativa – Já na segunda-feira (29), representantes do CMDM-VG estiveram na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, participando de uma audiência pública sobre “Mulheres e Orçamento – A participação da mulher na construção de políticas públicas”.
As conselheiras Sonia Mazetto e Inês Guimarães Rodrigues foram as vozes do Conselho nesse importante debate. Entre os desafios discutidos estiveram a ampliação de vagas em creches, o fortalecimento de rodas de reflexão para agressores e a integração de diferentes setores para notificação de casos de violência.
Sonia Mazetto ressaltou a importância de as políticas públicas alcançarem as mulheres diretamente nos bairros e comunidades, indicando a necessidade de maior efetivo policial no interior para lidar com ocorrências de violência. Ela também apontou para a importância de uma comissão que acompanhe o cumprimento das leis em favor das mulheres, integrando as áreas de saúde, assistência social e segurança pública para um enfrentamento eficaz da violência de gênero.
Essas ações e participações demonstram o compromisso ativo do CMDM-VG na defesa dos direitos das mulheres, tanto na esfera da sensibilização e combate direto à violência quanto na construção de políticas públicas mais inclusivas e efetivas.
Como denúnciar – Para denunciar casos de violência contra a mulher, existem diversos canais disponíveis. O número de emergência da Polícia Militar é o 190, ou para a Polícia Civil, através do número 197. Caso prefira fazer uma denúncia anônima, existe o Disque Denúncia, pelo número 181. Esses mecanismos garantem que sua denúncia seja apurada pelas autoridades competentes de forma segura e eficaz. Além disso, é possível procurar diretamente os órgãos especializados, como a Delegacia Especializada da Mulher, Criança e do Idoso, o Judiciário, a Vara Especializada, a Defensoria Especializada e a Promotoria, todos em Várzea Grande.