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Debate presidencial no 2º turno: colunistas analisam desempenho de Lula e Bolsonaro

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O primeiro debate do segundo turno das eleições de 2022 realizado no domingo (16) entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL) teve a primeira e a segunda metades controladas por cada um dos dois candidatos, avaliaram colunistas do g1 e da GloboNews.

Lula saiu na frente ao fazer perguntas sobre pandemia e sobre educação ao adversário. Já Bolsonaro “acuou” o outro candidato ao falar sobre corrupção.

Apesar disso, ambos se saíram bem ao controlarem seus temperamentos e não irritarem, avaliam os colunistas da GloboNews e do g1.

Veja abaixo comentários sobre o debate deste domingo:

Míriam Leitão


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Para a jornalista Míriam Leitão, no geral Lula se saiu melhor por ter abordado a reação do governo Bolsonaro durante a pandemia.

“Lula conseguiu fazer pontos mais importantes na questão da pandemia, que está fresco na memória de todo mundo.”

“Ele (Lula) repetia coisas que todo mundo viu durante todo o tempo da pandemia. O descaso do presidente, a falta de solidariedade, a falta de visita. Ele (Bolsonaro) disse que foi visitar hospitais que ninguém sabe. Ninguém viu ele visitando hospitais”, afirma Leitão.

Já Bolsonaro se saiu melhor por ter frieza na segunda parte do debate e controlar melhor seu tempo.

Andréia Sadi


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A apresentadora e colunista Andréia Sadi destacou o comportamento dos participantes do debate. Segundo ela, ambas as campanhas estavam preocupadas com o autocontrole dos candidatos, que se mantiveram trocas “até cordiais”.

“O Lula, no primeiro bloco ele estava mais enérgico. Até porque ele trouxe o Brasil real e aí, realmente, é um confronto sobre o governo Bolsonaro. Então, o Bolsonaro deixou de comprar vacina. Ele pergunta de universidade, de escola, o Bolsonaro foge, porque não tem o que responder. E de pandemia, quando ele fala dos hospitais. A gente viu toda a investigação da CPI, então ele ficou na defensiva”, diz Sadi.

“Quando o Bolsonaro vai para temas onde ele está mais confortável, e principalmente hoje, que ele contou com o ex-ministro Moro como coach, depois de tudo o que a gente viu, porque o Moro estava presente, ele fala de corrupção, ele fala de Petrobras, e eu acho que ali o Lula se perdeu um pouco e não teve uma resposta à altura. Então, o Bolsonaro conseguiu se sair melhor nesse tema.”

Natuza Nery


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Natuza Nery fez uma analogia com uma partida de futebol para avaliar as performances no debate.

No primeiro bloco, eu achei que Lula fica com a posse da bola. Porque ele ficou mais de dez minutos em um confronto de 15 minutos em que o Lula fala de pandemia, que é um assunto muito desconfortável para Bolsonaro”, diz a apresentadora.

“Mas no segundo bloco, no entanto, esse jogo parece que se inverteu, justamente no tema da corrupção. Quando Bolsonaro investe no tema da corrupção, Lula acaba cometendo o erro. Como era por banco de minutos ? era o candidato quem tinha de controlar o tempo da sua fala ?, Bolsonaro ficou falando por último. Isso só não ficou tão claro assim, porque Lula conseguiu um direito de resposta no final e conseguiu amarrar a própria ideia.”

Julia Duailibi


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Para Julia Duailibi, Lula também pegou Bolsonaro de surpresa ao questioná-lo sobre suas iniciativas na educação.

“Ele pergunta para Bolsonaro algo que Bolsonaro claramente não estava pronto para responder, que era o número de escolas técnicas e faculdades abertas. Ele puxa, vai para o Fiesp, tenta fazer um deslocamento.”

No entanto, a jornalista diz que a própria campanha de Lula avalia que ele se se perdeu ao debater corrupção.

“Conversando com o pessoal que estava no estúdio, da campanha dele, eles falaram: ‘ele caiu na provocação’. E administrou mal o tempo também. Como a gente tinha percebido”, conta Duailibi.

“Um integrante da campanha falou: ‘Falamos tanto para ele sobre essa questão do tempo. A gente insistiu tanto com ele sobre essa questão do tempo. E de fato ele foi falando e se perdeu ali’. Deixou Bolsonaro ficar com a palavra final. Mesmo que ele tenha tido aquele um minuto de resposta.”

Fonte G1 Brasília

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