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Governo diz que Líbano já tem mais de 70 mil deslocados e 533 abrigos; VÍDEO e FOTOS mostram fuga em massa

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O ministro do Interior do Líbano afirmou que o país já tem mais de 70 mil deslocados pelo conflito entre Israel e o Hezbollah nesta quinta-feira (26).

Milhares de libaneses buscaram abrigo em escolas na capital, Beirute. Segundo o governo, já são 533 locais recebendo as famílias que chegaram do sul do país.

Organizações de ajuda estão distribuindo roupas e alimentos e verificando se há medicamentos necessários para idosos.

Mais de 22 mil pessoas já fugiram dos bombardeios israelenses no Líbano através da fronteira da Síria desde segunda-feira, segudo fontes das forças de segurança sírias.

“O número total de pessoas que entraram pela passagem de fronteira de Jdeidet Yabus nos últimos três dias e até a manhã de quinta-feira é de mais de 6 mil libaneses e quase 15 mil sírios”, afirmou uma fonte que pediu anonimato à agência de notícias AFP.

Uma segunda fonte informou que mil libaneses e 500 sírios entraram no país pela passagem de fronteira de Jusiyah.

Nesta quarta-feira, durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU, o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, afirmou que Israel está matando civis por meio de bombardeios contra o território libanês.

Ele afirmou que, enquanto Israel diz estar atacando apenas estruturas do Hezbollah, os hospitais libaneses estão sobrecarregados com civis feridos, incluindo mulheres.

Sem cessar-fogo

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Autoridades do governo de Israel anunciaram nesta quinta-feira (26) que rejeitaram a proposta de cessar-fogo com o Hezbollah feita por Estados Unidos e França.

O ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, afirmou que não haverá um cessar-fogo com o grupo extremista libanês Hezbollah.

Não haverá cessar-fogo no norte. Nós vamos continuar lutando contra a organização terrorista Hezbollah com toda a nossa força até a vitória e o retorno seguro dos moradores do norte para suas casas”, escreveu Katz na rede social X.

Mais cedo, o primeio-ministro, Benjamin Netanyahu, disse que não havia respondido à proposta das potências ocidentais.

A ideia aventada por EUA e França era uma trégua de 21 dias para que houvesse tempo de tentar estancar a escalada do conflito por vias diplomáticas.

Ataques aéreos feitos pelas Forças Armadas de Israel mataram ao menos 23 sírios em um edifício da cidade libanesa de Younine, informou a agência Reuters. Os bombardeiros foram na madrugada desta quinta-feira (26), pelo horário de Brasília, e também atingiram cerca de 75 alvos do Hezbollah no Líbano.

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Segundo o prefeito da cidade, Ali Qusas, que foi ouvido pela agência, a maioria das vítimas eram mulheres e crianças. Elas estavam em um edifício de três andares. Além disso, oito pessoas ficaram feridas.

Segundo as Forças Armadas de Israel, instalações de armazenamento de armas e mísseis prontos para uso na região de Bekaa estão entre os locais bombardeados durante os ataques.

Na quarta-feira (25), o Ministério da Saúde do Líbano confirmou que os ataques israelenses resultaram em 72 mortos e 392 feridos. Desde o início dos bombardeios aéreos, na segunda-feira, até quarta, as autoridades libanesas afirmam que mais de 620 pessoas morreram.

Segundo o Hezbollah, o alvo do ataque da quarta era a sede do Mossad, a agência do serviço secreto tida responsável pelo ataque a pagers e walkie-talkies do grupo extremista.

Leia também:

Premiê exige cessar-fogo

O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, afirmou que Israel está matando civis por meio de bombardeios contra o território libanês. O premiê discursou na quarta durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU para discutir a crise no Oriente Médio. Mikati pediu um cessar-fogo imediato.

Ele afirmou que, enquanto Israel diz estar atacando apenas estruturas do Hezbollah, os hospitais libaneses estão sobrecarregados com civis feridos, incluindo mulheres.

“Os libaneses rejeitam a guerra e acreditam na estabilidade. Israel nunca parou de violar as resoluções adotadas pela ONU. O Líbano não está pedindo por caridade”, afirmou.

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Israel não quer ‘guerra total’

Na sequência, o enviado de Israel nas Nações Unidas, Danny Danon, disse que o país está exercendo o direito de se defender. Danon lembrou que o Hezbollah está disparando mísseis e foguetes contra cidades israelenses.

O representante de Israel também garantiu que as Forças de Defesa de Israel estão executando ataques com “precisão” contra alvos do Hezbollah. “Israel não quer uma guerra total”, afirmou.

Danon ainda acusou o Irã de ser a “aranha no centro da teia de violência” no Oriente Médio. Para o israelense, não haverá paz na região até que “a ameaça seja desfeita”. O Irã apoia o Hezbollah.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deve chegar nos Estados Unidos nesta quinta. No dia seguinte, ele deve discursar na Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

Israel x Hezbollah

Israel afirmou que está conduzindo uma operação militar na fronteira com o Líbano para que moradores da região possam voltar para casa. Esses israelenses deixaram a área por causa de ataques do grupo extremista Hezbollah, que atua no Líbano.

Hezbollah e Israel possuem um histórico de desavenças, que já resultou em uma guerra em 2006. O conflito na região voltou a se intensificar em outubro de 2023. À época, o grupo terrorista Hamas invadiu Israel, o que resultou na morte e sequestro de civis.

Em resposta, Israel declarou guerra contra o Hamas e bombardeou a Faixa de Gaza. Desde então, o Hezbollah vem lançando foguetes contra Israel para demonstrar apoio ao grupo terrorista e aos moradores de Gaza.

Na semana passada, pagers e walkie-talkies usados por membros do Hezbollah explodiram em uma ação coordenada. Em seguida, Israel anunciou que estava movendo tropas para a região de fronteira com o Líbano.

Israel também lançou uma série de bombardeios contra o Líbano, justificando que estava atacando estruturas do Hezbollah.

Diante disso, a ONU levantou preocupações sobre uma guerra total no Oriente Médio.

“O Líbano está à beira do precipício. O povo do Líbano, o povo de Israel e o povo do mundo não podem permitir que o Líbano se torne outra Gaza”, disse o Secretário-Geral da ONU, António Guterres.

Fonte G1 Brasília

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