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Hamas diz que não irá a reunião de negociações por acordo de cessar-fogo em Gaza

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O grupo terrorista Hamas disse nesta terça-feira (13) que não participará de conversas por um acordo de cessar-fogo na guerra na Faixa de Gaza que acontecerão nesta quinta (15). Israel vai enviar uma delegação para as negociações.

O representante do Hamas no Líbano, Ahmad Abdul Hadi, disse em uma entrevista que o Hamas decidiu não participar das conversas porque os chefes do grupo terrorista acreditam que o governo israelense de Benjamin Netanyahu dificulta as negociações.

?Netanyahu não está interessado em alcançar um acordo que acabe com a agressão completamente. Pelo contrário, ele está enganando e evitando, e quer prolongar a guerra, e até expandi-la a nível regional?, disse Abdul Hadi.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rebateu a alegação e disse que é o Hamas quem está atrasando as negociações (leia mais abaixo). A negociação foi convocada pelos mediadores EUA, Catar e Egito na semana passada, que disseram estar na hora das partes chegarem a um acordo pelo cessar-fogo na guerra na Faixa de Gaza com a soltura dos reféns.

Um cessar-fogo na guerra em Gaza pode ter especial apelo desta vez porque pode condicionar a resposta que o Irã promete a Israel pelos assassinatos dos chefes dos grupos terroristas do Hamas e do Hezbollah, aliados dos iranianos. Segundo autoridades iranianas, uma retaliação aos israelenses pode ser atrasada caso haja um acordo de trégua –os EUA esperam que um ataque poderia ser totalmente evitado.

Após o Hamas levantar dúvidas sobre sua participação nas negociações, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse nesta terça que Israel e Hamas devem participar de negociações desta semana para possibilitar um acordo por cessar-fogo.

?Acreditamos que os negociadores devem se sentar à mesa. Acreditamos que chegar a um acordo de cessar-fogo é a melhor maneira de diminuir as tensões que estamos vendo?, disse Karine Jean-Pierre.

Conversas por um cessar-fogo na guerra entre Israel e Hamas se estendem há meses, com idas e vindas —o Conselho de Segurança da ONU aprovou em junho uma resolução solicitando o cessar-fogo, que não foi respeitada.

Uma autoridade sênior dos EUA disse à Reuters que não tem expectativa que um acordo de cessar-fogo seja assinado no próximo dia 15 e que se trata de uma negociação, em que será necessária a cooperação de israelenses e do Hamas.

Netanyahu diz que Hamas atrasa negociações

Em contrapartida, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rebateu em comunicado nesta terça as afirmações de que teria acrescentado novas exigências para o cessar-fogo e disse que foi o Hamas quem exigiu 29 alterações no texto de cessar-fogo em negociação.

“A alegação de que o Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu acrescentou novas exigências ao esboço de 27 de maio é falsa. O rascunho de 27 de julho não inclui novas condições e não contradiz o esboço de 27 de maio. Foi o Hamas quem exigiu 29 mudanças, algo a que o primeiro-ministro se opôs”, disse Netanyahu.

Segundo o texto, há discordâncias em relação à libertação dos reféns e à forma como prisioneiros palestinos serão libertados, e é necessária a criação de um mecanismo de verificação para conseguir garantir o retorno de civis ao norte da Faixa de Gaza, proposta apresentada pelos Estados Unidos, aliados do país.

Fonte G1 Brasília

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