A candidata ao governo de Mato Grosso, Márcia Pinheiro (PV), disse na manhã desta quinta-feira (29) ter sido injustiçada e vítima de machismo após ter programas eleitorais retirados do ar. Márcia disse que durante seus vídeos de campanha não falou nenhuma mentira, somente verdade.
A candidata perdeu todas as inserções e teve metade do seu programa retirado do ar após a Justiça Eleitoral considerar que havia ataques ao governador e candidato à reeleição Mauro Mendes (União).
“A decisão do desembargador de que tirasse todas as inserções do ar, respeitamos, já recorremos, eu me sinto injustiçada politicamente, eu acho que é o fato de eu ser mulher, por que eu não falei nenhuma mentira, eu só falei a verdade!”, disse Márcia.
Márcia questionou sobre o fato do filho do atual governador se tornar bilionário durante o mandato do pai e alfinetou dizendo “quem não deve não teme”, lembrando o episódio da quebra de sigilo bancário que ela fez e sugeriu a Mendes.
“É verdade ou não é, que o filho do governador tem três bilhões no nome dele? É mentira? […] que foi adquirido nesses três anos e nove messes do mandato dele (Mendes), é mentira isso? nós fomos retirados 1:24 minuto do ar porque eu mostrei o documento ao qual eu coloco o nosso sigilo fiscal e bancário a disposição da justiça […] se ele não deve ele não teme, mostre abre as contas ele tem esse dever, ele é gestor público”, diz Márcia em tom de indignação.
Filho bilionário
Aos 24 anos, o filho de Mendes, Luis Antônio Taveira Mendes, é sócio em 36 empresas, acumulando um capital bilionário e surpreendente.
De acordo com o portal transparência, seu negócio mais antigo é com a SANTO ANTONIO ENERGETICA SPE S/A, criada apenas em fevereiro de 2019, poucos meses após o pai assumir o governo do Estado.
Conforme noticiado pelo site O Documento, muitas dessas empresas possuem algum tipo de relacionamento com o Governo do Estado, sobretudo no que se refere a emissão de licenças para exploração de áreas por parte da Secretaria Estadual de Meio Ambiente – SEMA.
Multada em R$10 mil
Márcia foi multada pela Justiça Eleitoral por manter veiculação de propaganda com ataques ao governador mesmo após determinação de suspensão judicial.
O valor da multa é de R$ 10 mil. A propaganda ilegal foi postada em suas redes sociais, mesmo após suspensão do Tribunal Regional Eleitoral.
A candidata usou de impulsionamento para atingir um maior número de pessoas com o conteúdo negativo, o que é proibido pela legislação.
Fonte: Isso É Notícia