A senadora por Mato Grosso, Margareth Buzetti (PSD), teceu duras críticas à Saúde Municipal de Cuiabá e ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Segundo a parlamentar, a capital vive hoje, o “pior caos da história”.
“A Saúde de Cuiabá vive o pior caos da história e é a população que não está sendo atendida. É muito grave tudo que está acontecendo e que vem se arrastando há muito tempo. Não gosto de julgar, mas isso é fato: é a população que deixa de ser atendida. E é uma pena, uma lástima o que está acontecendo”, disse Margareth, em entrevista ao site Conexão Poder, na última segunda-feira (27).
Na ocasião, Buzetti chegou a defender o afastamento de Emanuel. Conforme a pessedista, ‘se fosse resolver o problema, seria válido’.
“Vimos quantas operações, quantos secretários serem presos nos últimos anos. A justiça tem que fazer alguma coisa, mas tem que ser eficiente”, finalizou ela, referindo-se ao pedido de intervenção na Saúde de Cuiabá que deve ser julgado pelo Tribunal de Justiça.
Além disso, a senadora comentou que acompanha de perto a questão da saúde pública de Cuiabá e, para ela, o caos instaurado atualmente está longe de ser uma questão política.
“Não acho que seja uma questão política [entre Estado e Prefeitura], acompanho os filantrópicos e vejo que está ocorrendo realmente. A saúde de Cuiabá é o problema, os hospitais não estão recebendo, nas UPAs falta medicamento, falta médico. Então, vemos que não é um problema político, mas está ocorrendo e quem sofre é a população. […] A saúde em Cuiabá é um caos em ainda por cima, ficam jogando a culpa no Estado, dizendo que o Estado não paga, mas aí o Estado mostra que pagou. Estado está pagando tudo em dia. Mas os hospitais filantrópicos, a prefeitura não paga”, reiterou.
Intervenção suspensa
Na última quinta-feira (23), o Órgão Especial do Tribunal de Justiça, julgou o processo sobre a retomada da intervenção do Estado na Saúde de Cuiabá. O Órgão composto por 13 desembargadores, deveriam avaliar o parecer do desembargador Orlando Perri, responsável pela autorização da intervenção, em 28 de dezembro do ano passado.
No entanto, os pedidos de vista dos desembargadores Rubens de Oliveira Santos Filho e Juvenal Pereira da Silva, fez com o julgamento fosse adiado.
Durante a votação, cinco desembargadores votaram a favor da retomada da intervenção. Sendo eles: Paulo da Cunha, Rui Ramos, Carlos Alberto Alves da Rocha e Maria Erotides Kneip, que acompanharam o voto do relator, Orlando Perri.
A pauta deve voltar a ser discutida no próximo dia 9 de março.
Fonte: Isso É Notícia