O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho (UB) elogiou a iniciativa do Governo Federal, que realizou nesta quinta-feira (15) a audiência pública para elaboração do Plano Plurianual Participativo (PPA) para o quadriênio 2024-2027.O evento ocorreu no Teatro Zulmira Canavarros, em Cuiabá.
Organizado pelo Ministério do Planejamento do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o evento contou com a presença da secretária nacional de Desenvolvimento, Leany Lemos, que representou a ministra de Planejamento, Simone Tebet.
“Essa proposta de ouvir a população é muito interessante e deveria se chamar até de ‘orçamento democrático’, ouvindo o quê é que a população quer, ouvindo as categorias, o que as classes sociais desejam”, disse Botelho sobre o evento.
O deputado destacou ainda que, apesar da pujança que o estado tem no setor econômico, atualmente, o principal problema de MT está na falta de moradias populares para atender aos trabalhadores e famílias de baixa renda.
“A maior preocupação do estado hoje é com a construção de casas populares. Nós temos geração de empregos, nós temos o agronegócio, temos muitas indústrias vindo para cá, mas nós temos uma deficiência muito grande em casas populares. Pra se ter uma ideia, já tem 10 anos que não se fazem mais casas populares aqui no estado”, apontou.
Além disso, outro setor que, conforme Botelho, merece atenção do Governo Federal, é a agricultura familiar, pois segundo o deputado, o setor tem sido “engolido” pelos grandes agricultores e, principalmente, pela falta de espaço e linhas de crédito junto ao Banco do Brasil (BB), o qual criticou veementemente pela postura exclusivista.
“Nós precisamos alavancar esse setor. Ela [a agricultura familiar] está morta aqui dentro do estado. Inclusive, o agronegócio começou a ser ‘predador’ dos pequenos. Eu vejo os dois setores como importantes. E quero aqui fazer uma crítica ao Banco do Brasil e pedir à ministra [Simone Tebet] que, se ficar do jeito que está, que mude o nome do FCO [Fundo do Centro Oeste] para ‘Fundo dos Ricos’, por que só os ricos que pegam. Os pequenos nem chegam perto, porque não conseguem ter acesso ao crédito”, disparou.
“Tem que mudar isso, porque esse fundo [FCO] tem que ser para aqueles que precisam mesmo. Os grandes do agro não precisam de dinheiro, eles não precisam de empréstimo, eles já têm dinheiro. Agora, pra quem realmente precisa, que são os pequenos agricultores, o Banco do Brasil ‘fecha as portas’ e age como se fossem um banco privado”, asseverou.
Fonte: Isso É Notícia