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‘Não é possível que as cortes sejam obrigadas a decidir tudo’, diz Fux em meio a embates entre STF e Congresso

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, afirmou nesta sexta-feira (29) que as cortes brasileiras não devem ser “obrigadas” a decidir sobre todos os temas polêmicos que dividem a sociedade.

O magistrado deu a declaração em meio a uma série de embates entre o STF e o Congresso sobre julgamentos em andamento na Corte, como o do marco temporal para demarcação de terras indígenas e o que trata da descriminalização do porte de maconha para uso pessoal.

“Não é possível que as cortes sejam obrigadas a decidir tudo porque elas caem em desagrado da opinião publica em nível alarmantes. E o problema não é nosso”, afirmou Fux durante um evento voltado a investidores em São Paulo.

Ele também comparou a situação dos sistemas de justiça brasileiro e norte-americano, afirmando que, nos Estados Unidos, o judiciário pode deixar de analisar um tema se julgar que o momento não é adequado.

“Suponhamos que a sociedade brasileira hoje tem preocupação com a liberação das drogas, não sabe até onde isso vai parar. Tem um desacordo moral na sociedade, nos Estados Unidos não julga. Porque eles têm uma cláusula que diz assim: ‘se houver essa questão, se a própria corte entender que não é o momento de julgar, ela não julga’. O que utilizamos [no Brasil]? Pedido de vista”, declarou Fux, citando o instrumento que dá mais tempo para um ministro analisar uma ação.

Levantamento feito pelo g1 mostra que pelo menos seis temas têm gerado atritos entre o Legislativo e o Judiciário no Brasil:

  1. tese de um marco temporal para a demarcação de terras indígenas
  2. descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação
  3. descriminalização do porte de maconha para consumo próprio
  4. casamento homoafetivo
  5. recursos para campanhas eleitorais
  6. possibilidade de sindicatos cobrarem “contribuição assistencial”

Fonte G1 Brasília

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